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Ciro em caminhada pelo Centro de Curitiba, ao lado dos dois candidatos ao Senado que apoia no Paraná: Requião e Nelton Friedrich. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Ciro em caminhada pelo Centro de Curitiba, ao lado dos dois candidatos ao Senado que apoia no Paraná: Requião e Nelton Friedrich.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

De passagem pelo Paraná neste sábado (1º), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) minimizou o fato de a chapa que o apoia no estado envolver outros três candidatos à Presidência da República. Dizendo confiar na certeza do paranaense em “votar bem” pela presença do senador Roberto Requião (MDB) na aliança, o pedetista afirmou até hoje não saber por que o ex-senador Osmar Dias (PDT) desistiu de disputar o governo do estado, e preferiu ressaltar a candidatura de João Arruda (MDB) ao Palácio Iguaçu.

Ao longo do dia, Ciro faz campanha em Curitiba, Francisco Beltrão e Londrina. Pela manhã, na capital, caminhou pelo tradicional calçadão da Rua XV de Novembro até a Boca Maldita, participou de um debate no Sindicato dos Metalúrgicos e visitou o Museu da Vida, na Pastoral da Criança.

Em entrevista coletiva, o pedetista foi questionado sobre a confusão na cabeça do eleitor paranaense diante das divergências entre a chapa estadual e a nacional do PDT. No Paraná, o partido integra a coligação de João Arruda, ao lado de MDB, PCdoB e Solidariedade. Na corrida presidencial, porém, as três legendas têm caminhos diferentes de Ciro: o MDB lançou Henrique Meirelles; o Solidariedade apoia o tucano Geraldo Alckmin; e o PCdoB, com Manuela D’Ávila, deve ficar com a vice do petista Fernando Haddad.

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“Isso é consequência inevitável de existirem 35 partidos no Brasil e de fazermos eleições simultâneas para seis cargos. Jamais houve na história do Brasil uma aliança nacional que conseguisse se replicar em todo o país de forma coerente. A necessidade de coerência não é na sopa letrinhas, que um dia nós vamos resolver com uma reforma política decente. Precisamos procurar uma linha de decência e compromisso popular”, argumentou. “E aqui existe uma figura que o país inteiro admira que é o Requião, que é quem organizou essa aliança. A presença do Requião já é garantia unilateral da certeza de votar bem.”

Pela primeira vez, Ciro foi indagado sobre a desistência de Osmar Dias de ser candidato ao governo do estado. Em poucas palavras, o presidenciável pedetista preferiu exaltar o nome de João Arruda na briga para conquistar o Executivo estadual. “Na política, a gente vive de realidade. É claro que nós trabalhamos por dois anos com a perspectiva de o Osmar ser candidato, mas, na última hora, ele resolveu não ser. Eu, pelo menos até hoje, não sei bem por que, mas página virada. Estamos aí com o João Arruda, o Requião e o Nelton Friedrich [candidato do PDT ao Senado]. Tenho segurança de que o meu pedaço de identificação com a gente paranaense está guardado.”

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O pedetista ainda minimizou a ampla vantagem nas pesquisas no estado do senador paranaense Alvaro Dias (Podemos). No levantamento mais recente divulgado pelo Ibope*, o parlamentar tem 27% das intenções de voto para presidente no Paraná – ele é o líder −, contra apenas 5% de Ciro (quarto colocado). “Eu, chegando na terra de um ilustre opositor, devo respeitá-lo. É natural e legítimo que parte importante do Paraná vote nele. Minha discordância com o Alvaro é de projeto. O dele é mais conservador, e o Brasil não aguenta essa agenda.”

*Metodologia: Pesquisa realizada pelo Ibope de 16/ago a 22/ago/2018 com 1008 entrevistados (Paraná). Contratada por: REDE PARANAENSE DE COMUNICAÇÃO. Registro no TSE: BR-06574/2018. Margem de erro: 3 pontos percentuais. Confiança: 95%. OBS: A pesquisa está sendo impugnada por duas representações eleitorais, ajuizadas por interessados diversos, segundo os quais a pesquisa não atendeu aos requisitos previstos na Resolução n. 23.459/TSE, especialmente quanto à insuficiente estratificação para o nível econômico dos eleitores respondentes.

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