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Ratinho Jr, governador eleito do Paraná. | Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo
Ratinho Jr, governador eleito do Paraná.| Foto: Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo

Eleito governador do Paraná com margem de sobra no primeiro turno, Ratinho Junior (PSD) decidiu manter os nomes de seu secretariado em segredo por mais um tempo. Mas a composição da base de apoio política e técnica da campanha do futuro mandatário pode jogar luz sobre a equipe que o ajudará a comandar o Palácio Iguaçu a partir do próximo ano.

Na segunda-feira (8), Ratinho Jr. afirmou em entrevista ao Meio-Dia Paraná, da RPC, que ainda não tem a versão definitiva da lista de seus futuros secretários e auxiliares. Sobre a Secretaria da Fazenda – uma das pastas mais estratégicas do governo – o futuro governador disse que precisa definir quem vai dirigi-la. “Tem alguns nomes que a gente ensaia. Alguns do Paraná e outro de fora, mas prefiro aguardar”, declarou.

Ratinho Jr. adiantou ainda que levará em conta a capacidade técnica de cada um dos possíveis nomes antes de incluí-los no corpo final da equipe, principalmente nas indicações para as estatais. Em secretarias, acrescentou, será preciso equiparar talento técnico com talento político.

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Na base estrutural do plano de governo que ajudou a projetar as propostas de Ratinho Jr. está Reinhold Stephanes, o personagem da política paranaense que mais vezes foi ministro e secretário de Estado. Na esfera federal passou por governos que vão da ditadura militar ao ex-presidente Lula, à frente de ministérios como Agricultura e do Trabalho e Previdência Social. No Paraná, trabalhou com os ex-governadores Roberto Requião e Beto Richa, adversários políticos.

Ex-aliado do ex-governador Beto Richa (PSDB) enquanto esse ainda era prefeito de Curitiba, Norberto Ortigara atuou como coordenador político da campanha de Ratinho Jr. Foi secretário municipal de Abastecimento e depois, com a eleição de Richa para o governo do estado, assumiu a Secretaria da Agricultura, da qual era funcionário de carreira desde 1978. Em abril deste ano se filiou ao PSD, partido de Ratinho, e foi cogitado para ser vice, vaga que ficou com Darci Piana.

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No mesmo “pelotão”, outros nomes ajudaram na caminhada de Ratinho, entre eles figurinhas carimbadas como Rubens Bueno (PPS) e Ademar Traiano (PSDB), que não embarcou na candidatura de Cida Borghetti (PP), apesar de seu partido integrar a coligação da atual governadora. Traiano, que foi reeleito deputado estadual nesse domingo, é o atual presidente da Assembleia Legislativa e foi citado nas operações Lava Jato , da Polícia Federal, e Quadro Negro , em âmbito estadual.

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Articulação política e técnica

Algumas lideranças políticas do interior ajudaram a costurar a campanha de Ratinho – e não é de agora. Alexandre Kireeff, ex-prefeito de Londrina, é filiado do Podemos e se integrou ao time do futuro governador, assim como Leonaldo Paranhos (PSC), prefeito Cascavel, e o pedetista Ulisses Maia, prefeito de Maringá.

O corpo técnico que atuou na campanha de Ratinho, e que pode continuar junto ao candidato, também traz nomes conhecidos.

Um dos nomes é do especialista em política agrícola e professor universitário Eugenio Stefanelo, que já foi presidente nacional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná. Além disso, hoje ele apresenta o programa diário “Negócios da Terra” na Rede Massa (SBT do Paraná), de propriedade da família de Ratinho Junior, e no SBT de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

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Numa possível aproximação com a Companhia Paranaense de Energia (Copel) está o engenheiro eletricista Franklin Miguel, que trabalhou por mais de 20 anos na Copel, passando por cargos de gerente, superintendente, assessor, diretor-adjunto e diretor presidente. Outro nome é o de Antonio José Correia Ribas, ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que precisará ter sua imagem fortalecida depois de ter o nome envolvido nos esquemas de desvios no sistema de pedágio do estado.

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