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Gleisi Hoffmann (à esq.) e Beto Richa | Montagem: Jefferson Rudy/Agência Senado e Marcos Corrêa/Presidência da República
Gleisi Hoffmann (à esq.) e Beto Richa| Foto: Montagem: Jefferson Rudy/Agência Senado e Marcos Corrêa/Presidência da República

Sem a possibilidade de oficializar candidaturas e colocar o bloco na rua, os pretendentes ao cargo máximo do Palácio Iguaçu estão concentrados na costura de alianças que antecede as convenções partidárias. E é nessa fase que chama a atenção um questionamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas, a pedido da Gazeta do Povo. Para a pergunta “Deixaria de votar em um candidato a governador que fosse apoiado por...” os nomes que lideram a lista são Gleisi Hoffmann (PT) e Beto Richa (PSDB). 

Murilo Hidalgo, coordenador da pesquisa, explica que o índice de rejeição na casa de 42,9% para o apoio da senadora petista não chega a ser surpresa. Ela tem projeção nacional e como presidente do PT concentra o repúdio dos eleitores que tem aversão ao partido. Além disso, é citada em uma série de investigações sobre corrupção

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Também investigado, Beto Richa apareceu na pesquisa com índice de 35% – significa que um em cada três entrevistados disse que não votaria em um candidato apoiado pelo atual governador. É comum que pessoas que estejam exercendo mandato carreguem consigo um porcentual alto de rejeição dos eleitores – por atitudes que tomaram ou por não terem correspondido a expectativas. 

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Para Hidalgo, a força (ou fraqueza) vinda do apoio de Beto Richa vai depender da decisão que ele tomar sobre seu futuro político. Caso saia candidato ao Senado, como está sendo aventado, Richa deixaria o governo em meados do ano que vem. “No caso do Beto Richa, o que mais conta é a proximidade com a máquina pública. Se ele não tem o governo nas mãos, perde força como aliado”, pondera. Nesse caso, o apoio do governador pode pesar negativamente para alguns candidatos, avalia Hidalgo.

Para o especialista, o eleitor paranaense está cada vez mais personalista. Ou seja, tem tendência a votar no candidato, independentemente de partidos ou aliados. Assim, o eleitor não vê incoerência ao votar, para presidência, governadoria e Senado, em sujeitos que discordam entre si e tem posições políticas divergentes. O menos rejeitado, entre os nomes apresentados pela pesquisa, é o senador Alvaro Dias (Podemos), com 20,6%. Hidalgo explica que um cabo eleitoral pode não ajudar muito, mas tem potencial para atrapalhar. 

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Ele comenta que fatores como fundo partidário e tempo na propaganda eleitoral acabam influenciando diretamente nas coligações. Nesse ponto, chama a atenção o fato de que os três partidos com maior rejeição no país – PT, PMDB e PSDB – são também os que dispõem de mais dinheiro e mais tempo de TV. 

A pesquisa foi realizada em 66 cidades do Paraná, entre os dias 14 e 17 de dezembro, e ouviu 1.520 eleitores – o que representa 95% de grau de confiança.

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