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João Arruda (MDB) destacou a queda no número de leitos em hospitais paranaenses | Henry Milleo /Gazeta do Povo
João Arruda (MDB) destacou a queda no número de leitos em hospitais paranaenses| Foto: Henry Milleo /Gazeta do Povo

Os candidatos ao governo do Paraná andam dizendo a verdade no horário eleitoral? A Gazeta do Povo acompanhou os programas eleitorais exibidos nesta quarta-feira (19) pelos concorrentes ao Executivo estadual e checou algumas das informações divulgadas por eles. Confira:

1. Diminuição de leitos no estado

Falando sobre saúde, o candidato João Arruda (MDB) disse que houve diminuição do número de leitos no Paraná entre 2010 e 2017. De acordo com dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (Datasus), o número realmente diminuiu: em janeiro de 2010 eram 20.969 leitos para atendimento pelo Sistema Único de Saúde no Paraná. Em dezembro de 2017, o número passou para 19.260.

Os números disponibilizados pela Secretaria de Saúde (Sesa) do estado são diferentes, mas também apontam para a queda no número de leitos. Segundo a Sesa, em dezembro de 2010 eram 22.624 leitos para atendimento via SUS, enquanto em 2017 o número passou para 21.400.

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2. Penitenciárias não foram entregues

Ratinho Junior (PSD) , que foi secretário de Desenvolvimento Urbano no governo de Beto Richa (PSDB), vem criticando alguns aspectos da gestão do tucano. No programa eleitoral desta quarta-feira (19), o alvo foram os problemas em segurança pública. O vídeo destacava uma matéria desta Gazeta do Povo, de junho deste ano, que apontava que apenas 2 dos 14 presídios previstos no início do governo de Richa seriam entregues ainda em 2018.

A reportagem pediu dados atualizados a respeito do tema ao Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) e o cenário continua o mesmo. Segundo a nota enviada, em maio o governo obteve a liberação de R$ 119 milhões da União. Além disso, R$ 35 milhões do estado também foram liberados. Segundo o Depen, as novas unidades construídas com estes recursos trarão 7.118 novas vagas para presos.

Nesse pacote está a Cadeia Pública de Campo Mourão, prometida pelo governo para o final do ano. Além disso, está em fase final de construção do Centro de Integração Social de Piraquara, destinado ao regime semiaberto feminino.

Os demais projetos estão menos adiantados. Para os próximos meses, o Depen promete a construção de uma penitenciária modelo em Piraquara, ao custo de R$ 35 milhões. Já foram licitadas, também, três ampliações de prisões, em Foz do Iguaçu, Cascavel e Piraquara. A construção de cadeias públicas em Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Guaíra e Londrina; da Cadeia Pública de Jovens e Adultos em Piraquara; além da ampliação da Casa de Custódia de Piraquara II e da Penitenciária Estadual de Piraquara II devem ser licitadas até novembro.

O Centro de Integração Social de Campo Mourão também aguarda licitação.

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3. Como votou João Arruda (MDB) nos temas mais sensíveis do governo Michel Temer (MDB)?

Em uma inserção antes da apresentação dos candidatos a deputado na coligação encabeçada por Ratinho Junior (PSD), um pequeno vídeo classifica João Arruda (MDB) como o “deputado de Michel Temer (MDB)”. |Em 2017 , a correspondente Catarina Scortecci fez um levantamento mostrando que os deputados federais paranaenses eram, de fato, fiéis ao governo do emedebista.

Arruda votou a favor do impeachment de Dilma; da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/2016, que ficou conhecida como a PEC do teto dos gastos públicos; e da reforma trabalhista. Na flexibilização da participação da Petrobras em operações do pré-sal, porém, Arruda votou contra a proposta do governo. Já na votação do projeto de lei que regulamentava a terceirização e o trabalho temporário, o agora candidato não estava presente.

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Além disso, Arruda votou pelo arquivamento das duas denúncias apresentadas contra Temer que foram apreciadas na Câmara dos Deputados. Em sabatina aos jornalistas da Gazeta do Povo, Arruda justificou seus posicionamentos.

“Não tem fidelidade nenhuma [a Temer]. Já votei a favor e contra projetos desse governo. (...) Na Executiva nacional [do partido], me posicionei contra o governo em diversos casos, como fechamento de questão em relação às denúncias e à PEC do teto de gastos. Depois do fechamento, você segue a orientação do partido ou é expulso e perde o mandato”, disse.

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