Ibope: Cida Borghetti tem administração aprovada por 28% e reprovada por 20%

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Com chances de chegar ao segundo turno das eleições ao governo do Paraná, a atual governadora do estado, Cida Borghetti (PP) , tem sua administração aprovada por 28% dos entrevistados na pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (22). Esses são os que responderam à questão “como você classificaria a administração Cida Borghetti?” como ótimo ou bom. Por outro lado, 20% dos paranaenses ouvidos entendem que o governo da candidata à reeleição tem sido ruim ou péssimo.

O levantamento, que aponta as áreas de saúde, educação e segurança pública como os maiores percalços da curta passagem da pepista à frente do Palácio Iguaçu, teve 38% dos entrevistados em cima do muro, indicando a gestão apenas como regular.

No chefia do Executivo estadual desde abril, após Beto Richa (PSDB) deixar o cargo para concorrer a uma cadeira no Senado, Cida continua em 2º lugar da corrida eleitoral, com 15% das intenções. À frente está Ratinho Jr. (PSD) – que foi secretário do Desenvolvimento Urbano do governo Richa-Cida. Ele aparece com 33% das intenções de voto.

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Com a maior rejeição entre todos os candidatos a governador do Paraná (19% disseram de que não votariam de jeito nenhum na pepista), o campo político de Cida Borghetti, contudo, não parece tão devastado. De acordo com o cientista político Luiz Domingos Costa, professor da Uninter, o número não pesa nem contra, nem a favor da postulante. Parte disso vem do fato de Cida estar há pouco tempo à frente do governo, o que não abriu tantas margens para avaliações negativas.

Mas, por outro lado, o curto tempo da gestão reflete diretamente em sua campanha. “Por ter pouco tempo de mandato ela também não conseguiu converter isso numa aprovação impressionante. A própria fortaleza dela é a fraqueza dela”, analisa o professor.

Ainda conforme a pesquisa, a porção dos entrevistados que aprova a forma como Cida Borghetti administra o estado é de 45%, contra 34% que desaprovam a condução da candidata do PP. Outros 21% não sabem ou não responderam.

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Herança maldita

Em uma das perguntas respondidas, os entrevistados selecionaram de uma lista de 15 temas os três que consideram mais problemáticos no atual governo de Cida. Saúde, disparado, foi citado por 73% dos ouvidos; educação teve 46% e segurança pública, 42%.

De acordo com Costa, a insatisfação dos eleitores com áreas específicas e voltadas diretamente o bem-estar da população pode ser interpretada como uma herança do governo de Beto Richa, que foi quem ficou mais tempo à frente da gestão 2014-2018. “Essa é uma percepção muito difusa do eleitor e tem a ver com a sensação geral que tem dos serviços públicos. Mas pode ser que ele tenha tido essa decepção há seis meses ou um ano atrás, quando ainda estava o Richa”, pondera o professor. “Quando se trata de serviços públicos, a Cida não deixa de carregar a herança de Beto Richa”.

Durante o governo do tucano, por exemplo, o número de leitos hospitalares disponibilizados pelo SUS no Paraná caiu de 21 mil para 19,3 mil. Na área de educação, o nome de Richa está cada vez mais ligado a um grande esquema de corrupção que desviava dinheiro de obras em escolas estaduais - investigado pela Operação Quadro Negro.

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Em números

De maneira geral, de que maneira você classifica a administração da governadora Cida Borghetti?

Ótima 5%

Boa 23%

Regular 38%

Ruim 9%

Péssima 11%

Não sabe/não respondeu 15%

Você aprova ou desaprova a maneira como a governadora Cida Borghetti vem administrando o estado do Paraná?

Aprova 45%

Reprova 34%

Não sabe/não respondeu 21%

Metodologia: Pesquisa realizada pelo Ibope de 16/ago a 22/ago/2018 com 1.008 entrevistados (Paraná). Contratada por: REDE PARANAENSE DE COMUNICAÇÃO. Registro no TSE: PR-04869/2018. Margem de erro: 3 pontos percentuais. Confiança: 95%. OBS: A pesquisa está sendo impugnada por duas representações eleitorais, ajuizadas por interessados diversos, segundo os quais a pesquisa não atendeu aos requisitos previstos na Resolução n. 23.459/TSE, especialmente quanto à insuficiente estratificação para o nível econômico dos eleitores respondentes.