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Dos 30 deputados federais pelo Paraná a partir de 2019, 15 são parlamentares reeleitos. | Wilson Dias    /    Agência Brasil
Dos 30 deputados federais pelo Paraná a partir de 2019, 15 são parlamentares reeleitos.| Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Das 30 cadeiras do Paraná na Câmara dos Deputados, 15 serão ocupadas por deputados federais que já exercem o mandato em Brasília, e conseguiram se reeleger no domingo (7). A outra metade da bancada será ocupada por “novatos”, embora uma parcela deles já tenha exercido outros mandatos eletivos. A renovação para a legislatura que se inicia em janeiro de 2019 - de 50% - é maior do que na eleição anterior, em 2014, quando a Gazeta do Povo mostrava que 40% da bancada do Paraná estava sendo alterada.

No total, 450 pessoas se inscreveram na disputa por uma das 30 cadeiras do Paraná na Câmara dos Deputados.

O candidato mais votado na bancada do Paraná é um novato, Sargento Fahur (PSD), que conquistou 314.963 votos. Isso é mais do que fez a candidata “campeã” de votos na disputa de 2014, Christiane Yared (PR). Ela havia conseguido pouco mais de 200 mil votos na eleição anterior. Yared foi reeleita, mas com um número menor de votos, 107.636, o que a coloca na 11ª posição entre os 30 vitoriosos no domingo (7).

Assim como Fahrur, o segundo mais votado na bancada do Paraná em Brasília também fez campanha eleitoral na esteira da onda bolsonarista: trata-se de Felipe Francischini (PSL), que hoje é deputado estadual. Para conquistar a vaga em Brasília, ele fez 241.537 votos.

Felipe é filho do deputado federal Fernando Francischini (PSL), que, por sua vez, trocou a Câmara dos Deputados pela Assembleia Legislativa. No domingo (7), Fernando Francischini se tornou o deputado estadual com o maior número de votos entre os candidatos a uma das 54 cadeiras da Assembleia Legislativa, quase 430 mil votos.

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Também eleita deputada federal pelo Paraná, a senadora Gleisi Hoffmann (PT) – a “Gleisi Lula” na urna eletrônica - ficou em terceiro lugar na disputa por votos, logo atrás da dupla antipetista. A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores angariou 212.513 votos.

Eleita senadora pelo Paraná em 2010, Gleisi não é a única política já conhecida do eleitorado a engrossar a fatia de renovação na Câmara dos Deputados. O ex-deputado federal e ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet (PDT) também foi eleito, com 113.252 votos, e volta para Brasília.

Assim como Felipe Francischini, que hoje ocupa uma cadeira na Assembleia Legislativa, outros três deputados estaduais vão trocar Curitiba por Brasília a partir de 2019: Ney Leprevost (PSD), Pedro Lupion (DEM) e Schiavinato (PP) foram eleitos deputados federais.

Outra novata é Luísa Canziani (PTB), que segue para o primeiro mandato respaldada pelo sobrenome do pai, o deputado federal Alex Canziani (PTB), derrotado na disputa ao Senado.

Ainda entre os novatos da bancada do Paraná em Brasília, também foram eleitos o vereador de Londrina Filipe Barros (PSL) e o ex-vereador de Londrina Emerson Petriv, o Boca Aberta (PROS). O primeiro é conhecido pelas bandeiras conservadoras e chegou a ser denunciado criminalmente por discriminação religiosa e injúria racial. O segundo é uma figura polêmica: Boca Aberta foi eleito vereador de Londrina em 2016 – foi o parlamentar eleito com o maior número de votos naquele ano em todo Paraná, mais de 11 mil –, mas acabou cassado no ano seguinte, por quebra de decoro parlamentar.

O comunicador Paulo Martins (PSC) também entra na lista de novos deputados federais eleitos para a bancada do Paraná, embora já tenha exercido a função de parlamentar na atual legislatura, na condição de suplente. Na Casa, ele chegou a votar favoravelmente ao impeachment de Dilma Rousseff, por exemplo, no início de 2016.

Outro novato é Luizão Goulart (PRB), que deixou a prefeitura de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, com alto de índice de aprovação. Outros três novatos são menos conhecidos do eleitorado em geral e abocanharam as vagas finais: o advogado Nelsi Coguetto Maria, conhecido como Vermelho (PSD); o comunicador Aroldo Martins (PRB); e a bolsonarista Aline Sleutjes (PSL).

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Reeleitos e não reeleitos

Entre os 15 nomes que já exercem mandato de deputado federal pelo Paraná e ficarão mais quatro anos em Brasília, Sandro Alex (PSD) obteve o maior número de votos, 124.512. Ele conquista o terceiro mandato consecutivo na Casa. Aliado de Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná eleito no domingo (7), Sandro Alex também é irmão do prefeito de Ponta Grossa e ex-deputado estadual Marcelo Rangel (PPS).

Também foram reeleitos os seguintes parlamentares: Leandre (PV), Giacobo (PR), Hermes Frangão Parcianelllo (MDB), Christiane Yared (PR), Diego Garcia (PODE), Luciano Ducci (PSB), Aliel Machado (PSB), Sérgio Souza (MDB), Ricardo Barros (PP), Zeca Dirceu (PT), Rubens Bueno (PPS), Luiz Nishimori (PR), Toninho Wandscheer (PROS) e Ênio Verri (PT).

Dos atuais 30 deputados federais do Paraná, 25 tentavam a reeleição e dois desistiram de qualquer disputa em 2018 – Nelson Meurer (PP) e Dilceu Sperafico (PP) saem da vida pública a partir de 2019. Além disso, outros três nomes se lançaram para outros cargos: os deputados federais João Arruda (MDB) e Alex Canziani (PTB) saíram derrotados das disputas ao governo do Paraná e ao Senado, respectivamente; já o deputado federal Fernando Francischini (PSL) conquistou uma cadeira de deputado estadual.

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Dos 25 deputados federais que tentavam a reeleição, dez ficam sem mandato eletivo a partir de 2019. São eles: Alfredo Kaefer (PP), Assis do Couto (PDT), Edmar Arruda (PSD), Evandro Roman (PSD), Leopoldo Meyer (PSB), Luiz Carlos Hauly (PSDB), Osmar Bertoldi (DEM), Osmar Serraglio (PP), Valdir Rossoni (PSDB) e Takayama (PSC). Os dois últimos – Rossoni e Takayama – chegaram a figurar entre os cinco mais votados da bancada do Paraná na eleição passada, de 2014.

Derrotado no último domingo (7), Bertoldi já havia ficado como suplente na eleição de 2014, mas acabou assumindo uma cadeira de titular a partir da renúncia de Marcelo Belinati (PP), eleito prefeito de Londrina nas urnas de 2016.

PSDB desaparece em Brasília

Com a saída dos tucanos Hauly e Rossoni, o PSDB do ex-governador do Paraná Beto Richa fica sem nenhum representante na bancada do Paraná em Brasília. Beto Richa também foi derrotado na disputa do Senado; assim como o filho, Marcello Richa (PSDB), que tentava uma vaga na Assembleia Legislativa. Hauly também não conseguiu deixar um “herdeiro” na Assembleia Legislativa: Luiz Hauly Filho (PSDB) fez pouco mais de 22 mil votos e não foi eleito.

BANCADA DO PARANÁ (30 CADEIRAS) 

Confira como ficou a bancada do Paraná na Câmara dos Deputados – formada por 30 deputados federais – para a legislatura que se inicia em janeiro de 2019, a partir do resultado das urnas de 7 de outubro de 2018:

15 DEPUTADOS FEDERAIS REELEITOS:

Sandro Alex (PSD), Leandre (PV), Giacobo (PR), Hermes Frangão Parcianelllo (MDB), Christiane Yared (PR), Diego Garcia (PODE), Luciano Ducci (PSB), Aliel Machado (PSB), Sérgio Souza (MDB), Ricardo Barros (PP), Zeca Dirceu (PT), Rubens Bueno (PPS), Luiz Nishimori (PR), Toninho Wandscheer (PROS) e Ênio Verri (PT).

15 DEPUTADOS FEDERAIS ELEITOS: 

Sargento Fahur (PSD), Felipe Francischini (PSL), Gleisi Lula (PT), Luizão Goulart (PRB), Paulo Martins (PSC), Gustavo Fruet (PDT), Ney Leprevost (PSD), Pedro Lupion (DEM), Luisa Canziani (PTB), Boca Aberta (PROS), Schiavinato (PP), Filipe Barros (PSL), Vermelho (PSD), Aroldo Martins (PRB) e Aline Sleutjes (PSL).

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