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O deputado federal Hidekazu Takayama (PSC), que está no quarto mandato, apresentou o nome para concorrer ao Senado. | Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo
O deputado federal Hidekazu Takayama (PSC), que está no quarto mandato, apresentou o nome para concorrer ao Senado.| Foto: Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo

Assuntos religiosos dominaram a sabatina realizada na manhã desta terça-feira (15) com o deputado federal Hidekazu Takayama (PSC), que é pré-candidato ao Senado. Um dos fundadores da bancada evangélica, ele fez questão de frisar que propõe um discurso mais conservador que, segundo o parlamentar, encontraria ressonância em mais de 85% dos brasileiros, que se autodeclaram cristãos.

Takayama começou na vida pública como vereador em Curitiba há tanto tempo que diz não lembrar nem o ano. Depois de uma passagem pela Assembleia Legislativa do Paraná, acumula o quarto mandato como deputado federal e alega que o momento é adequado para tentar uma vaga do Senado. Também declarou que Ratinho Junior, que apoia na disputa pelo governo estadual, precisa de um palanque e de aliados em Brasília.

Veja a seguir os principais trechos da entrevista realizada ao vivo nesta terça-feira (15):

O fato de ter trocado de partido seis vezes ao longo da carreira política, o parlamentar comentou que saiu das legendas com as quais não se identificava, mas que, ao entrar no PSC, há uma década, encontrou um lugar que combina com as ideias que defende. Ao ser questionado sobre os posicionamentos radicais da bancada evangélica que teriam feito a deputada federal Christiane Yared (PR) abandonar a frente parlamentar, Takayama se disse surpreso – “não sabia” – e a convidou para voltar.

Sobre a declaração polêmica dada no passado, de que homem não foi feito para o trabalho doméstico, o deputado afirmou que suas palavras tinham sido distorcidas. Contudo, durante a sabatina, disse que “cozinha foi feita para a mulher” e que cuidar dos filhos e da casa é uma atividade tipicamente feminina, alegando que “isso não inferioriza a mulher”. “É o modelo que temos como cristãos”, declarou. Mas buscou se esquivar quando foi perguntado como isso poderia ser interpretado pelo eleitorado, de maioria feminina. “Você acha que eu vou falar da mulher aqui, que pode ter impacto eleitoral?”, respondeu com uma pergunta.

Pastor da Assembleia de Deus, Takayama disse que a igreja não interfere na captação de recursos para a campanha junto aos fiéis ou indica quais candidatos devem ser votados. “Isso é uma incompreensão. Não impomos nomes. Mas há uma seleção natural, de acordo com a identificação com os mesmos princípios cristãos”, afirmou, emendando que “a igreja é apolítica”.

A respeito da Operação Lava Jato, o pré-candidato ao Senado disse que fica “orgulhoso de morar na República de Curitiba” e que a investigação foi “uma ferramenta dada ao mundo” para melhorar a sociedade. Sobre as reformas em debate no Congresso Nacional, em especial as mudanças na legislação trabalhista, destacou que a esquerda quer acabar com os patrões e que o atual modelo “ajuda o trabalhador, mas prejudica demais o empregador”.

Takayama ainda criticou o Supremo Tribunal Federal pela discussão sobre aborto e afirmou que o debate deve ser feito no Congresso Nacional, pelos representantes do povo. “Garanto que os deputados não vão aprovar isso”, disparou. E voltou a buscar respostas na religião para os posicionamentos como parlamentar. “A Bíblia não aceita a união homoafetiva, mas isso não me torna homofóbico. Tenho amizade com o Toni Reis [do Grupo Dignidade] e com o Jean Willys [deputado federal]. Mas nós temos posição.”

Relembre outras sabatinas

Takayama foi o sétimo pré-candidato ao Senado entrevistado pela Gazeta do Povo. Já passaram pelas entrevistas os pré-candidatos Alex Canziani (PTB), Ney Leprevost (PSD), Professor Oriovisto (Podemos), Christiane Yared (PR), Flávio Arns (Rede) e Fernando Francischini (PSL). Relembre como foram as sabatinas. Na quarta-feira (16), o ex-governador Beto Richa (PSDB) encerra a rodada de sabatinas do jornal com os pré-candidatos ao Senado.

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