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Urnas eletrônicas que passarão por análise teriam apresentado problema na votação para presidente. | Foto: Elza Fiúza/ABr
Urnas eletrônicas que passarão por análise teriam apresentado problema na votação para presidente.| Foto: Foto: Elza Fiúza/ABr

A pedido do PSL, partido do presidenciável Jair Bolsonaro , a Justiça Eleitoral do Paraná determinou nesta quinta-feira (11) a realização de uma auditoria em urnas de quatro seções eleitorais do estado - 311, 292, 654 e 664. O objetivo é verificar o funcionamento das urnas usadas no primeiro turno das eleições, que foram alvo de reclamações de eleitores no dia da votação.

Nas seções indicadas, que ficam nas cidades de Curitiba e Campo Largo, os eleitores narraram que o voto era encerrado imediatamente após a digitação dos dois números para presidente, sem que pressionassem a tecla “confirma”. As reclamações foram registradas em ata.

Na decisão que determinou a auditoria, o desembargador Gilberto Ferreira, corregedor eleitoral do Tribunal Regional do Paraná (TRE-PR), destacou que são realizadas previamente ações de fiscalização e segurança nas urnas, como auditorias monitoradas, cerimônias públicas de geração de dados, entre outras. Esses eventos são abertos a especialistas, coligações, partidos, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil e demais interessados.

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Ferreira, porém, considerou que o TRE tem “o dever de processar e apurar todas as denúncias de irregularidades que possam macular o processo eleitoral, não só para punir eventuais infratores, como para corrigir e aprimorar o sistema para os próximos pleitos eleitorais”.

Uma audiência pública foi marcada para o dia 18, às 14 horas, na sede do TRE. A auditoria propriamente dita será realizada no dia seguinte (19), a partir das 8 horas. Foram convidados para dar transparência e legitimidade ao trabalho representantes do Ministério Público Eleitoral, OAB, Polícia Federal e imprensa.

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A auditoria será realizada por três técnicos indicados pelo TSE, outros três indicados pelo TRE, um pela Polícia Federal e um pelo PSL. Eles terão como função averiguar se os sistemas instalados nas urnas são os mesmos lacrados pelo TSE; se as urnas estavam em perfeitas condições de uso; e se há indício qualquer de fraude no sistema ou funcionamento do equipamento. “Na realização dos trabalhos a auditoria poderá, dentre as atividades que julgar necessárias, realizar votação paralela para fins de verificação do funcionamento normal das urnas sob condições normais de uso”, informou o desembargador.

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Em nota nesta semana, o TRE informou que, em todas as seções em que houve reclamação, os votos dos eleitores presentes foram computados na íntegra, como demonstram os boletins de urna (uma espécie de extrato dos votos registrados). “Todas as urnas eletrônicas foram submetidas a rigoroso controle e testes de segurança, não havendo risco da existência de fraude na votação”, informou o órgão.

Reclamações semelhantes também foram registradas em outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Em todos os estados, a Justiça Eleitoral destacou que o sistema é seguro e auditável, que as denúncias sobre fraudes eram infundadas e que qualquer intercorrência seria detectável.

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