• Carregando...
Detalhe de câmera de segurança no Centro de Curitiba. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo
Detalhe de câmera de segurança no Centro de Curitiba.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo

Empresários de Curitiba estudam instalar câmeras particulares no Centro da capital para ajudar no combate à violência. A Associação Comercial do Paraná (ACP) e a prefeitura se reuniram duas vezes nos últimos meses para acertar os detalhes do projeto, que incluiria o monitoramento das lojas da Rua XV de Novembro.

A ideia partiu da ACP e ainda está em estágio embrionário. O intuito da associação é convencer os empresários a instalar câmeras externas nos imóveis e remeter essas informações, recolhidas pelas empresas de monitoramento, à Secretaria Municipal de Defesa Social e forças policiais do Paraná.

Contra violência urbana, Curitiba quer investir em drones e “muralha digital”

De acordo com Camilo Turmina, vice-presidente da ACP e coordenador do Centro Vivo, o secretário municipal de Defesa Social, Guilherme Rangel, está participando das encontros. “A prefeitura recebeu muito bem a ideia. O secretário afirmou que está prospectando mais equipamentos para receber esses dados. O sistema precisa ter capacidade para receber as informações em tempo real se for necessário, para que a ação seja mais rápida. Esse é o caminho”, afirma.

Mais de um ano após inauguração, CMEIs começam a funcionar

Em nota, a prefeitura informou que o projeto está em fase de estudos, com intuito de entender os sistemas de monitoramento de imagens utilizados atualmente e verificar quais equipamentos precisam de melhoria. “A intenção é buscar uma plataforma única de comunicação, com requisitos mínimos de qualidade e localização adequada das câmeras”, registra a Secretaria Municipal de Defesa Social.

Segundo a ACP, o projeto piloto deve começar pela área central da cidade e se expandir para mais bairros. “No centro já temos essa cultura. São 40 empresas envolvidas na ronda noturna (das 22h às 6h), que também têm monitoramento interno e alarmes. Nós fizemos várias reuniões com os empresários nesse sentido: precisamos contribuir para a segurança pública”, diz o coordenador do Centro Vivo. “Isso vai irradiar, vai expandir. É uma contribuição pequena do empresário que significa muito para a segurança do comércio e da população”.

A ACP afirma que as câmeras vão identificar de onde vieram e para onde foram os supostos delinquentes, além de integrar as empresas de vigilância. “A câmera externa traz informações adicionais. Hoje em dia temos empresas diferentes de vigilância e cada uma guarda para si as informações. Na rua, são apenas as câmeras da prefeitura. É um pequeno investimento que a sociedade pode fazer para apoiar a polícia. Nós sabemos que os efetivos são muito reduzidos, insuficientes na comparação com o aumento da criminalidade”, afirma Turmina.

“O primeiro passo é a conscientização, depois vem a realização. Estamos na primeira fase, conversando com empresários e empresas de monitoramento. Sempre há resistências, temos que admitir os problemas de caixa, alguns empresários são avessos por causa dos custos. Mas a pressa é nossa. Não podemos ficar limitados a apagar incêndio. Prevenção é responsabilidade de todos”, completa.

Violência

De acordo com a ACP, pelo menos dez pequenas ocorrências ocorrem por dia na Rua XV, com predomínio de furtos de celulares. Segundo a Guarda Municipal, são mais de 80 ocorrências no centro de Curitiba desde o início do ano.

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) do Paraná divulgou um balanço de crimes cometidos por bairros no ano passado e o centro é o mais atingido, com 8.034 furtos e 4.969 roubos (com emprego de violência). Os dados são de janeiro a dezembro de 2016.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]