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Ministro Gilmar Mendes alegou que não há motivos para manter dirigente da Triunfo preso. | Nelson Jr. / STF
Ministro Gilmar Mendes alegou que não há motivos para manter dirigente da Triunfo preso.| Foto: Nelson Jr. / STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (9) a soltura de Luiz Fernando Wolff de Carvalho, presidente do Conselho de Administração da Triunfo Participações e Investimentos. Ele estava preso preventivamente desde o último dia 26, no âmbito da Operação Integração II, deflagrada pelo Ministério Público Federal (MPF) no Paraná e pela Polícia Federal. 

Todos os demais 18 alvos de mandados de prisão durante a Operação Integração II estão atualmente em liberdade. A maioria por determinação de Gilmar Mendes. Outros foram liberados com o término da prisão temporária (cinco dias) ou pelo próprio juiz federal Paulo Sergio Ribeiro, da 23ª Vara Criminal de Curitiba, onde está abrigada a investigação.

Os investigadores apuram pagamento de propina entre servidores públicos, empresários e concessionárias de pedágio que atuam em rodovias no Paraná, no Anel de Integração. 

Na sexta-feira (5), Gilmar Mendes liberou oito presos, ao ser provocado pela defesa de um deles, José Richa Filho, o Pepe Richa, ex-secretário de Infraestrutura e Logística e irmão do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB)

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Logo na sequência, o ministro do STF estendeu a liberdade a mais dois presosJoão Chiminazzo Neto, que era diretor-regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) quando o escândalo de corrupção veio à tona; e João Marafon Júnior, advogado e funcionário da Econorte. 

Agora, nesta terça-feira (9), o habeas corpus foi estendido ao último preso, Luiz Fernando Wolff de Carvalho. Para Gilmar Mendes, não há razões que justifiquem as prisões, como tentativa de fuga ou de destruição de provas. 

Outro lado

A Gazeta do Povo não conseguiu contato com a defesa de Luiz Fernando Wolff de Carvalho. Após a deflagração da Operação Integração no mês passado, a Triunfo Participações e Investimentos, que é ligada à concessionária de rodovias Econorte, emitiu uma nota oficial à imprensa na qual “reitera que sempre contribuiu de forma transparente com as investigações” e “continua à disposição para prestar os esclarecimentos necessários à elucidação dos fatos”.

Em seguida, no início de outubro, a equipe da Lava Jato no MPF declarou à imprensa que a Triunfo Participações e Investimentos “jamais prestou qualquer auxílio às autoridades para esclarecer as investigações relativas à corrupção de concessionárias de pedágio do Paraná”, “mesmo com inúmeras evidências da existência de graves irregularidades”.

Na primeira fase da Operação Integração, deflagrada em fevereiro, o então diretor-presidente da Econorte, Hélio Ogama, estava entre os presos. De lá para cá, Ogama firmou um acordo de colaboração premiada e seus relatos contribuíram com a deflagração da segunda etapa da investigação. 

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