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O promotor Marcelo Balzer, que assina a peça de acusação contra o ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho, disse nesta terça-feira (27), em frente ao Tribunal do Júri, que espera pela presença do réu no julgamento. “Nós entendemos que é importante ele vir, porque era pessoa pública na época, se elegeu por voto popular. Hoje cabe a ele passar novamente por um voto popular”.

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Para o Ministério Público (MP), há convicção na culpa pelo acidente. “O convencimento acontece desde o dia do fato (7 de maio de 2009). Pela gravidade, pelas imagens, pela forma dos veículos depois de tudo. Uma das vítimas teve a cabeça decapitada pela violência do impacto. Não é um acidente de trânsito”, afirmou o promotor.

“Há expectativa que efetivamente se inicie hoje com a maior tranquilidade. Muito tempo se passou e a sociedade precisa de resposta. No MP temos sustentado que o caso deveria ter vindo antes para julgamento, para buscar paz para as famílias e o próprio acusado. Mas hoje nada há mais em termos técnicos para que não aconteça”, disse Balzer.

Teses

Conforme a Gazeta do Povo mostrou, um dos principais pontos a serem explorados pela acusação é o fator velocidade. Carli Filho dirigia a uma velocidade três vezes maior que a permitida – que era de 60 quilômetros por hora. Para a promotoria, se ele trafegasse respeitando o limite, haveria no máximo um pequeno acidente de trânsito.

“Se ele estivesse na velocidade indicada para a via, estaríamos diante de um acidente de trânsito, porque não haveria morte. Haveria, no máximo, a colisão. O fato que gerou a morte foi o excesso de velocidade. Ele [Carli Filho] usou o carro como uma arma”, disse o promotor Marcelo Balzer.

A defesa, por sua vez, tem se apegado à questão de que Carli Filho trafegava por uma via preferencial. Por isso, os advogados do réu têm sustentado que as vítimas teriam provocado a colisão, ao fazer a conversão, ingressando na via em que o ex-parlamentar transitava. O argumento é controverso, já que testemunhas apontaram que o carro dos jovens teria parado no cruzamento, respeitando a sinalização.

O advogado Roberto Brzezinski Neto – que representar Carli Filho – tem adotado a estratégia de fugir dos holofotes. Ele evita dar entrevistas e, mesmo às vésperas do julgamento, não fala sobre o caso. Na semana passada, emitiu uma nota em que afirma confiar na Justiça e ter certeza de que o julgamento ocorrerá respeitando o direito à ampla defesa.

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