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Plenário da Assembleia Legislativa: 54 deputados assumirão mandato em fevereiro de 2019. | Pedro de Oliveira/Alep/ Divulgação
Plenário da Assembleia Legislativa: 54 deputados assumirão mandato em fevereiro de 2019.| Foto: Pedro de Oliveira/Alep/ Divulgação

Na primeira eleição estadual sem doações privadas para campanha, a disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná teve uma situação inusitada. Aos 22 anos, Boca Aberta Junior (PRTB) não gastou um único centavo para conquistar os 39.495 votos que o elegeram. Além dele, somente outro parlamentar eleito teve despesas de campanha abaixo de R$ 1 por voto. A média de gasto entre os 54 deputados que assumirão o mandato no ano que vem foi de R$ 6,93 por voto (veja no infográfico quanto cada eleito gastou).

Vendedor e representante comercial, segundo declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Boca Aberta Junior elegeu-se na esteira do pai. Boca Aberta (Pros) foi o vereador mais votado do Paraná em 2016, mas teve o mandato cassado pela Câmara de Londrina no final do ano passado. Agora, elegeu-se deputado federal com 90.158 votos – ele conseguiu concorrer amparado em uma liminar do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). No total, o futuro deputado federal gastou R$ 250 mil ao longo da campanha, ou seja, R$ 2,78 por voto. De quebra, ao fazer campanha casada com o filho, elegeu o herdeiro para a Assembleia Legislativa.

Boca Aberta Junior, deputado estadual eleito. Divulgação

Na prática, foi um zero conceitual, porque o pai gastou pelo filho. Ou seja, quando fez material impresso ou divulgação digital, com propaganda casada, havia um gasto embutido. Até campanhas anteriores, esse tipo de doação precisava ser declarada, ainda que de forma proporcional. Contudo, as regras eleitorais de 2018 permitem a dobradinha sem ônus para um dos candidatos.

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A campanha mais barata e a mais cara

A segunda campanha mais barata nesse quesito foi de Estacho (PV). Estreante na vida pública, ele se aproveitou da carreira de humorista e youtuber. Na urna, usou o nome do personagem que protagoniza os vídeos com os quais ganha a vida na internet. A carreira na comédia rendeu a ele o apoio de mais de 43 mil paranaenses, a um custo de R$ 0,39 por voto.

Na outra ponta, o voto mais caro, de R$ 28,24, foi em Luiz Fernando Guerra (PSL). Eleito na onda bolsonarista para o primeiro mandato, com 32.216 votos, o empresário e advogado de Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, vem de família tradicional na política: os tios Alceni e Ivanio foram deputados federais.

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