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 | Antonio Augusto/Agência Câmara
| Foto: Antonio Augusto/Agência Câmara

Dos 513 deputados federais, 492 votaram na denúncia contra o presidente Michel Temer, acusado pela Procuradoria-Geral da República de ter cometido atos de corrupção. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) comandou a sessão na quarta-feira (2), mas decidiu não votar. Já o deputado Adail Carneiro (PP-CE) estava de licença médica e também não votou.

Diante disso, 511 parlamentares estavam aptos a discutir o futuro de Temer – o presidente poderia ser afastado caso o prosseguimento da denúncia fosse aprovado. Mas 19 se ausentaram da sessão, o que favoreceu o peemedebista, já que era a oposição que precisava angariar o maior número de votos (342 no mínimo). O placar final da votação registrou 263 deputados a favor da rejeição da denúncia e 227 contra. O caso acabou arquivado temporariamente e poderá ser reaberto apenas quando Temer deixar a Presidência.

Confira as 5 principais justificativas dos deputados para faltarem à sessão:

Problemas com voos

Dificuldades com voos foram as justificativas de pelo menos três deputados: Luciano Ducci (PSB-PR), Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) e Shéridan (PSDB-RR). Ducci, ex-prefeito de Curitiba, chegou a Brasília por volta das 21 horas, quando a bancada paranaense já tinha votado e a sessão se encaminhava para o fim. Ele usou o microfone para explicar o imprevisto e disse que votaria pela admissibilidade da denúncia. O voto, no entanto, não foi computado. Em nota, Ducci disse que um problema técnico em uma aeronave atrasou sua saída de Frankfurt, na Alemanha, para São Paulo. Ele deveria chegar ao Brasil na terça-feira (1º), mas só chegou no dia seguinte, data da votação na Câmara.

A deputada Shéridan também disse que teve percalços em um voo no retorno do recesso parlamentar. Já Raimundo Gomes de Matos afirmou ter perdido um voo de Fortaleza para Brasília, e por causa do “período de férias”, não conseguiu vaga em nenhum outro horário. Porém, o jornal O Estado de S. Paulo garantiu ter visto o parlamentar no salão verde da Câmara no dia da votação. Ele estaria acompanhado do filho, o ex-vereador de Fortaleza, Pedro Gomes de Matos (PSDB).

Atraso na chamada

Dois deputados disseram que chegaram ao plenário depois de terem sido chamados para indicar o voto. São eles: Reinhold Stephanes (PSD-PR) e Marcos Reategui (PSD-AP). Por terem perdido a chamada nominal, ambos não conseguiram votar e figuraram entre os ausentes da sessão.

Problemas pessoais

O deputado Pedro Vilela (PSDB-AL) disse, ao jornal Folha de São Paulo, que estava em Brasília, mas teve um “imprevisto pessoal”, que o impediu de comparecer ao plenário para participar da votação. Porém, não deu detalhes do que teria ocorrido. Pelo menos quatro parlamentares faltaram à sessão por causa da morte de familiares: Rôney Nemer (PP-DF), Eduardo Barbosa (PSDB-MG), Alexandre Serfiotis (PMDB-RJ) e Delegado Waldir (PRB-GO) – este último ficou conhecido depois de chamar o presidente Temer de “bandido” durante as discussões da denúncia na CCJ, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Férias e falta proposital

Ex-ministro do governo Dilma Rousseff, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) disse que se ausentou intencionalmente, alegando que era interesse da oposição dar prosseguimento à acusação contra Temer. Vicentinho Junior (PR-TO) afirmou, à Folha de São Paulo, que estava em férias programadas com antecedência e só retornaria ao trabalho no dia seguinte à votação.

Problemas de saúde

Além do deputado Adail Carneiro (PP-CE), que estava oficialmente de licença médica e sequer constava no painel de votação, outros parlamentares também justificaram a ausência por problemas de saúde. Dejorge Patrício (PRB-RJ) passou por uma cirurgia na boca dois dias antes da sessão e ainda estava em processo de recuperação. Giovani Cherini (PR-RS) está em tratamento de um câncer e também não conseguiu comparecer ao plenário.

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