• Carregando...
 | HENRY MILLÉO / Gazeta do Povo
| Foto: HENRY MILLÉO / Gazeta do Povo

O governo federal autorizou nesta sexta-feira (28) o uso das Forças Armadas para fazerem a segurança pública do estado do Rio de Janeiro até o fim de 2017, mas a atuação deve ser estendida até o ano que vem.

A decisão é assinada pelo presidente Michel Temer (PMDB), pelos ministros da Justiça, Torquato Jardim, e da Defesa, Raul Jungmann, e pelo secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional, Marco Antônio Freire Gomes.

Segundo o documento, vai caber às três duas pastas definir como será a atuação dos militares no Estado. Segundo Jungmann, a presença dos militares será estendida até 2018. Ele disse que o decreto menciona apenas até o final de 2017 por questões burocráticas.

LEI A TAMBÉM: Caos na segurança do Rio serve de alerta a todo o país

A princípio, serão usados 8.500 homens das Forças Armadas, além de 620 da Força Nacional e 380 da Polícia Rodoviária Federal, que já haviam sido anunciados. O reforço já está na cidade, começando por uma operação de “reconhecimento” das áreas do estado conflagradas pelo crime. Nesta primeira fase, os militares informaram que farão uma ambientação do território, dividido em regiões. Terão o apoio de 620 agentes da Força Nacional de Segurança e 1.120 da Polícia Rodoviária Federal (PRF) - 740 desses já estavam no Rio.

Jungmann ressaltou que as tropas vão atuar em operações de inteligência (coleta de informações) integradas com as polícias Civil e Militar. Como em entrevista anteriores, Jungmann ressaltou que as Forças Armadas não vão fazer patrulhamento ostensivo - o que aconteceu em outras operações, como durante a Copa do Mundo e a Olimpíada. Também não haverá ocupação de territórios pelos militares. As Forças Armadas, porém, recorrerão a blitze no trânsito, como as iniciadas nesta sexta-feira, para produzir inteligência.

“Nós vamos atuar pontualmente. Não será uma ação de ocupação de território como fizemos, por exemplo, no Complexo da Maré. Isso dá uma sensação de segurança, mas quando nos retiramos, volta a situação de medo”, justificou.

Desta vez, as equipes dos militares colherão informações que serão usadas posteriormente em ações específicas. Essas mesmas equipes participarão dessas operações de combate ao crime. “Não estamos dizendo que vamos resolver o problema em um passe de mágica, mas queremos dizer que estamos dispostos a trabalhar duro, e vocês podem nos cobrar”, disse o ministro

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]