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 |  Marcelo Andrade / Gazeta do Povo
| Foto:  Marcelo Andrade / Gazeta do Povo

Os brasileiros com 60 anos ou mais correspondem a 19% das pessoas em idade de trabalhar, mas somente 8% deles estão na ativa. 

Com a reforma da Previdência, esse número vai ter de subir, pois os maiores de 50 anos estão na mira do governo. A proposta é definir idade mínima de 65 anos (homens) e 62 (mulheres) no benefício. 

No último trimestre de 2018, 93 milhões de brasileiros estavam trabalhando, nem todos com carteira assinada. 

Desse total, 7,5 milhões têm a partir de 60 anos, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do último trimestre de 2018. 

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Os idosos são quase 16% da população. Em 2015, último ano em que o IBGE divulgou o dado, 5,2 milhões de aposentados trabalhavam. 

Seguir no mercado após os 60 anos pode não ser tão fácil. A coordenadora do curso de capacitação em RH da FGV (Fundação Getulio Vargas) e mentora de carreiras Anna Cherubina diz que são muitos os desafios em um mercado que está em profunda transformação. 

Para a pesquisadora Ana Amélia Camarano, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a força de trabalho madura, que inclui quem tem de 50 a 64 anos, é que vai ser afetada antes pela reforma. 

Ela considera a idade mínima ainda menos preocupante ante o tempo de contribuição proposto, que subirá de no mínimo 15 anos para 20. 

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O que mais afeta a empregabilidade é a qualificação, a capacidade de a pessoa acompanhar as mudanças tecnológicas. Depois, vem a saúde. Um funcionário de saúde frágil falta muito e sofre mais com questões de mobilidade, por exemplo. 

Segundo ela, vem caindo o número de trabalhadores na faixa dos 60 a 64 anos. Em 1992, 400 mil eram 'nem nem', pois não trabalhavam e também não estavam aposentados. No ano passado, esse número bateu 2 milhões. 

"É uma população muito fragilizada. É necessário ter uma política de emprego", diz.

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