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| Foto: Cristiano Estrela/ Estadão Conteúdo

A onda de violência que assusta o estado de Santa Catarina continuou no último fim de semana, com novas ocorrências de ataques contra prédios públicos e agentes da segurança pública. Desde quarta-feira (31), o estado registrou 38 ataques de facções criminosas a 19 cidades. A Secretaria de Segurança Pública informou que 29 pessoas foram presas em resposta à ação dos bandidos. No domingo (3), bombas foram lançadas a um prédio público, um fórum foi alvo de disparos, um agente ficou ferido e dois suspeitos foram mortos em confronto com a Polícia Militar.

Em Palhoça, na Grande Florianópolis, duas bombas foram lançadas pela manhã contra a sede do Departamento de Administração Prisional (Deap), atingindo uma viatura. Durante a madrugada, um PM foi ferido com um tiro no pé em confronto com criminosos na região da Vila União, em Florianópolis.

Na noite de domingo, o Fórum de Navegantes foi alvo de quatro disparos por volta das 19 horas. Pouco tempo depois, na cidade vizinha Itajaí, a PM entrou em confronto com bandidos depois que a sede da 2ª Companhia do 1º Batalhão de Polícia Militar foi alvo de disparos. Um homem de 26 anos e um adolescente morreram na troca de tiros.

A sede administrativa do governo de Santa Catarina, em Florianópolis, foi alvo de dez disparos entre a tarde de quinta e a madrugada de sexta, 1º de setembro. O estado liga a série de ataques ao crime organizado.

Na semana passada, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, disse tratar-se de um movimento nacional. “É uma situação que desafia o Brasil todo, um movimento nacional do crime organizado. A polícia está trabalhando em duas vertentes, todo o processo de inteligência está ativo 24 horas por dia, conduzindo todas as informações”, afirmou.

Facções criminosas

A nova série de ataques lembra ondas de violência que já atingiram Santa Catarina recentemente. Em 2012, entre os dias 12 e 18 de novembro, a Polícia Militar registrou 68 ataques em 17 cidades do estado. No ano seguinte, entre 30 janeiro e 4 de março, foram 114 atentados em 35 cidades.

Nos casos anteriores, os primeiros ataques foram contra instalações públicas e agentes da segurança pública. Depois miraram alvos como o transporte coletivo, interferindo no vaivém de milhares de catarinenses.

De acordo com a Polícia Civil, as ondas de violência dos anos anteriores foram determinadas por criminosos presos, a maioria deles ligada ao Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção criminosa que age nas prisões de Santa Catarina. As investigações apontaram que os ataques começaram após presos sofrerem violência na prisão.

Em anos anteriores, os ataques terminaram depois de o governo do estado pedir ajuda à Força Nacional de Segurança. A Justiça em Santa Catarina já condenou 80 pessoas pelos ataques de 2012 e 2013. A maioria eram criminosos ligados ao PGC.

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