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Marcha de movimentos sociais e sindicatos contra reformas trabalhista e previdenciária em maio, em Brasília: posições mais ligadas à esquerda ganharam espaço desde 2014. | Lula Marques/AGPT
Marcha de movimentos sociais e sindicatos contra reformas trabalhista e previdenciária em maio, em Brasília: posições mais ligadas à esquerda ganharam espaço desde 2014.| Foto: Lula Marques/AGPT

A opinião do brasileiro em relação à presença do Estado na economia é controversa. De um lado, adota posições mais associadas à direita: quer pagar menos impostos (caso de 51%) e depender menos do governo (54%). De outro, prega a receita tipicamente esquerdista de que o Estado é o principal responsável pelo crescimento econômico – 76% defendem isso.

Os números são de pesquisa realizada pelo Datafolha entre 21 e 23 de junho com 2.771 pessoas. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

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De acordo com o instituto, o perfil ideológico do brasileiro movimentou-se ligeiramente para a esquerda desde a pesquisa anterior, feita em setembro de 2014.

Na soma das posições identificadas pelo instituto, o porcentual de brasileiros com viés de esquerda e centro esquerda aumentou de 35% para 41%. A soma de direita e centro-direita recuou de 45% para 40%. A proporção de brasileiros de centro se manteve em 20%.

Pobreza não é culpa da preguiça

No geral, avançaram posições de viés progressista. A parcela da população que acredita que a pobreza está relacionada à falta de oportunidades iguais para todos (uma posição mais à esquerda) aumentou de 58% para 77%. Ao mesmo tempo, os que acreditam que a pobreza é fruto da preguiça (pensamento mais ligado à direita) caiu de 37% para 21%.

A aceitação de migrantes pobres aumentou de 63% em setembro de 2014 para 70% da população. Também cresceu a tolerância à homossexualidade (de 64% para 74%) e a rejeição à pena de morte (de 52% para 55%).

Mais armas, menos drogas

Por outro lado, mais brasileiros defendem o direito do cidadão de ter uma arma legalizada – o porcentual passou de 35% na pesquisa de 2014 para 43% no levantamento do mês passado. Os que têm opinião oposta recuaram de 62% para 55%.

Segundo o Datafolha, a ampla maioria defende a proibição das drogas (80%, ante 82% na pesquisa anterior, uma variação dentro da margem de erro).

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