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Elmar Nascimento disse que não gostaria de julgar seus pares e que espera não ter esse trabalho nos dois anos de sua gestão à frente do Conselho de Ética. | Lúcio Bernardo Jr./Agência Câmara
Elmar Nascimento disse que não gostaria de julgar seus pares e que espera não ter esse trabalho nos dois anos de sua gestão à frente do Conselho de Ética.| Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Câmara

Eleito novo presidente do Conselho de Ética da Câmara, num placar apertado por 11 a 9, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) nega que tenha sido escolhido para “blindar” seus colegas acusados de quebra de decoro parlamentar. Ele disse que não gostaria de julgar seus pares e que espera não ter esse trabalho nos dois anos que irá durar sua gestão à frente do conselho. Nascimento evitou falar da “lista de Fachin”, mas demostrou não concordar com ela na sua plenitude. E fez uma defesa da Câmara, para ele a instituição menos atingida na relação divulgada na terça-feira (11).

“Você tem ali todos os ex-cinco últimos presidentes vivos do Brasil; tem um terço do Senado e um terço do ministério do governo. Da Câmara, você tem 8% dos (513) deputados entre os citados”, disse Nascimento. “Quanto a blindar, não adianta dizer que não vou fazer isso. O tempo vai dizer. Sou um parlamentar jovem (tem 46 anos) e tenho um compromisso com minha biografia, com minhas atitudes. Não gostaria de julgar colegas. E gostaria de não ter trabalho nesses dois anos.”

Sobre o conteúdo das acusações contra os citados, o deputado afirmou ser prematuro fazer qualquer julgamento e que é preciso analisar cada um dos casos. Mas mostrou discordar, por exemplo, da presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na relação. “Algo que ocorreu em 1996, mais de vinte anos atrás?! Como apurar isso agora? “

Nascimento vai ocupar o Conselho de Ética pela primeira vez e, de cara, já conquistou a presidência. Ele derrotou Sandro Alex (PSD-PR), que afirmou que a formatação do novo conselho é para blindar acusados de quebra de decoro. O parlamentar do DEM disse também que hoje a sociedade está de olho no trabalho dos políticos e que a Câmara não é de contrariar a vontade da população.

“Tem uma coisa histórica. Sempre que apareceram tipos de desvios de conduta, a Câmara sempre se pronunciou a favor da sociedade. Não conheço casos em que passou a mão na cabeça. E agora, com as redes sociais, a gente presta conta o tempo inteiro de tudo que faz. Não tem margem para errar.”

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