A alta dos preços da gasolina levou muitos motoristas a optar pelo etanol na hora de abastecer o carro. O resultado é um recorde nas vendas do derivado da cana-de-açúcar.
No primeiro trimestre do ano, as distribuidoras entregaram 3,9 bilhões de litros de etanol aos postos de combustíveis, 44% mais que no mesmo período de 2017, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foi o maior volume da história para esta época do ano.
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Em compensação, as vendas de gasolina pelas distribuidoras encolheram 10%, para 10,1 bilhões de litros, o menor volume para o período janeiro-março desde 2013.
Os preços do etanol variam muito ao longo do ano, conforme o andamento da safra – ou entressafra – de cana. De todo modo, o combustível está mais caro neste ano que em 2017. Ainda assim, subiu menos que a gasolina e atraiu consumidores.
Em janeiro do ano passado, por exemplo, o etanol custava o equivalente a 77% do preço cobrado pela gasolina, na média de todos os preços pesquisados no país pela ANP. No primeiro mês deste ano, essa relação era de 71%. E baixou mais desde então. Na semana passada, o etanol foi vendido a uma média de R$ 2,784 por litro nos postos do país, o equivalente a 65% do preço médio da gasolina (R$ 4,284), segundo a ANP.
Apesar do recorde absoluto registrado em 2018, em termos proporcionais o mercado do etanol já foi maior. Quando se considera a totalidade das vendas de álcool e gasolina, de aproximadamente 14,1 bilhões de litros no primeiro trimestre, a participação do combustível de cana foi de 28%, a maior para esse período do ano desde 2009. Essa fatia, no entanto, já chegou a passar de 30%.
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No primeiro trimestre de 2008, o etanol, com 2,9 bilhões de litros vendidos pelas distribuidoras, respondeu por 33% do consumo total de álcool e gasolina no país. Nos três primeiros meses do ano seguinte, as vendas do combustível vegetal chegaram a 3,7 bilhões de litros, o equivalente a 38% das vendas combinadas dos dois combustíveis.
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