• Carregando...

A Comissão de Direitos Humanos do Senado deve requerer em seu relatório sobre as condições do cárcere de Luiz Inácio Lula da Silva que o ex-presidente precisa ter acesso a visitações, por ser “um preso político”, com “35% de preferência do eleitorado”.

É o que defenderam os 11 senadores que visitaram nesta terça-feira, 17, a “cela” especial preparada para Lula na sede da Polícia Federal, em Curitiba, o berço da Operação Lara Jato, para início do cumprimento provisório da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá (SP).

“Isso que vamos pleitear no relatório”, disse o senador João Capiberibe (PSB-AP), relator da comissão, após vistoria dos parlamentares nesta terça na PF de cerca de duas horas, ao responder à imprensa se iam pleitear direitos especiais de visitas para Lula. “Porque ele tem hoje 35% da preferência do eleitorado. Não conheço nenhum preso comum assim”, completou.

O senador afirmou que “Lula tem 72 anos e é um homem muito interativo”. “Passava os dias conversando, discutindo, trabalhando, e hoje ele está muito isolado. Esse isolamento é uma grande preocupação da comissão.”

SAIBA MAIS:Senadores dizem que Lula está bem, mas reclamam da condição de isolamento

Para o senador, é preciso cumprir a Lei de Execução Penal que permite visitas de amigos e da família. “O advogado está sempre presente, mas ele precisa de ter diálogo com mais pessoas. Ele é um preso político. É um homem que tem hoje 35% da preferência do eleitorado brasileiro, então é um caso raríssimo na história do nosso País. Trata-se do maior líder popular da história do Brasil, não é um preso comum, é um preso político.”

Capiberibe informou à saída que vai preparar um relatório da vistoria realizada na Custódia da PF e na cela de Lula e que ele deve ser votado na próxima semana.

Custódia

Antes de visitar Lula, os senadores vistoriaram as instalações da carceragem da PF, onde estão outros 20 prisioneiros, metades deles réus da Lava Jato – como o ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) e o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, ambos ex-amigos de Lula que perante o juiz Sergio Moro incriminaram o ex-presidente.

“Nós conversamos com os presos, falei pessoalmente com cada um, indaguei sobre as condições carcerárias, sobre alimentação, sobre vestimenta, banho de sol, eles consideraram o tratamento adequado”, relatou Capiberibe. “Tem cela com 2 (presos), tem cela com 4”, finalizou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]