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O documento de defesa do presidente Michel Temer contra a acusação de corrupção passiva formulada pela Procuradoria-Geral da República cita o delator Joesley Batista 67 vezes. O sócio da JBS é o pivô da denúncia criminal do procurador-geral Rodrigo Janot contra o peemedebista no Supremo Tribunal Federal. A peça de defesa foi redigida pelo criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que entregou o documento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, nesta quarta-feira (5).

Apesar de Temer afirmar que a denúncia da PGR não passa de uma peça de “ficção”, Mariz poupou o procurador-geral de críticas – o nome de Janot aparece uma única vez no texto. No topo do ranking de palavras usadas na defesa o “não” aparece em primeiro lugar, com 260 citações. Algo natural se levado em conta que o documento foi produzido com o intuito de negar as acusações que são imputadas ao presidente da República.

O advogado também alega não haver provas que, de fato, incriminem Temer. Com essa argumentação, a palavra “prova” surge 116 vezes no texto, seguido de “gravação, com 108. O ex-deputado e ex-assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures, flagrado correndo com uma mala contendo R$ 500 mil em propina paga pela JBS, também foi lembrado 47 vezes.

Outras palavras bastante associadas a esse escândalo foram pouco contempladas na defesa. São os casos de “mala”, citada quatro vezes apenas, e “dinheiro”, seis vezes. Já “corrupção” é citada 16 vezes.

Mariz disse que apresentou uma defesa técnica, mas com linguajar acessível a quem não tem formação jurídica. “É uma defesa alentada – duvido que vocês tenham paciência para lê-la – que honra o presidente da República e é uma homenagem aos deputados”, afirmou.

Leia a defesa de Temer na íntegra:

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