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“Se alguém achava que o Palocci tinha uma bala de prata, o que ele tinha era uma bala de festim”, disse Padilha em Curitiba. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
“Se alguém achava que o Palocci tinha uma bala de prata, o que ele tinha era uma bala de festim”, disse Padilha em Curitiba.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O vice-presidente do PT, Alexandre Padilha, classificou de “bala de festim” o depoimento em que o ex-ministro Antonio Palocci confirmou que Lula conhecia e se beneficiou do esquema da Odebrecht. Padilha deu entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (13) na sede do PT em Curitiba.

“Se alguém achava que o Palocci tinha uma bala de prata, o que ele tinha era uma bala de festim”, disse Padilha, que, assim como Palocci, foi ministro de Lula e Dilma. Segundo Padilha, não havia provas, documentos ou qualquer registro que comprovasse as afirmações de Palocci.

O vice-presidente do PT comentou sobre a possível expulsão de Palocci do partido. Ele disse que não há consenso e que isso seguirá o rito procedimental. “O grande consenso do PT tem é que Lula é nosso candidato para 2018. Ele é nosso plano de A a Z. E Lula é o plano A de uma grande parcela do povo brasileiro. E nós estaremos com Lula até o final”, afirmou.

“Juiz de Curitiba”

Padilha também evita mencionar o nome de Sergio Moro: se refere a ele como “juiz de Curitiba” ou “juiz da primeira instância”. Para ele, a condenação de Lula será revertida por causa da “fragilidade da decisão”.

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“Até o momento, quem tem politizado o debate é a Justiça. Se a Justiça vier de novo com atos de perseguição política, o presidente Lula estará pronto para responder”, afirmou. “Lula não se acha acima da lei, mas também não está abaixo”, disse. Para Padilha, a Justiça não vai cometer a “fraude eleitoral” de tirar Lula de 2018.

Prioridade do PT é contato com o povo

Padilha afirmou que a prioridade do partido é intensificar o contato de Lula com o povo, por meio de caravanas como a que passou pelo Nordeste, e da plataforma “Brasil que o povo quer”, um canal digital para aproximar a população dos debates do partido.

“Queremos que o Brasil vire a página sobre os temas que estão sendo discutidos hoje. Vamos discutir e sonhar como retomar emprego, sair do mapa da fome”, disse.

Lava Jato e desemprego

Na coletiva do PT, Roni Barbosa, secretário de comunicação da CUT, teceu críticas à Lava Jato. Para ele, a maneira como as investigações estão sendo conduzidas acabaram por gerar muito desemprego e deixar as empresas muito frágeis. Repórteres questionaram se a solução deles seria acabar com a Lava Jato.

“Quem quer acabar com a Lava Jato é quem deu um golpe no país”, disse Alexandre Padilha. Ele disse que o PT já deu mostra de que pode combater a corrupção, mas precisa fazer isso mantendo os empregos e preservando a economia do país. Para ele, a cadeia de petróleo e gás foi muito fragilizada ao longo da operação.

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