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 | Marcos Oliveira/Agência Senado
| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Conhecido pela oferta a seus pares de almoços e jantares regados a comida farta e bem calóricas - a leitoa é o carro-chefe - o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), vejam só, aprovou um saudável projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta, de 2007, simplesmente proíbe a venda de refrigerantes nas cantinas de escolas públicas e privadas da educação básica, que engloba ensino infantil, fundamental e médio.

No projeto, aprovado por unanimidade na última terça-feira (8) na CCJ, Fabinho Ramalho, como é conhecido, se mostra preocupado com a obesidade infantil que os pais estão preocupados com o sobrepeso de seus filhos. E relata que a obesidade infantil é uma enfermidade crônica que causa diabetes, colesterol e que já atinge 10% das crianças brasileiras.

“Um dos grandes vilões da obesidade infantil é o consumo indiscriminado de alimentos de alto teor energético e pouco nutritivos. Estudos demonstram que uma das maiores fontes de gordura e açúcar na dieta infantil vem dos lanches escolares, que cada vez mais se reduzem a alimentos industrializados e pouco saudáveis, quando não nocivos à saúde”, diz Ramalho na justificativa do texto, e culpa a propaganda excessiva de refrigerantes.

“Os jovens sofrem cada vez mais pressão da mídia para consumirem refrigerantes sem que as escolas tomem qualquer medida para conscientizar seus alunos sobre os riscos do uso excessivo dessas bebidas à saúde”.

Procurado pela Gazeta do Povo, Ramalho disse não ver contradição em oferecer nas suas refeições um cardápio gorduroso para os comensais e o projeto. Disse que nesses encontros não irá proibir o refrigerante “Ali o pessoal já é adulto. A criança é que precisa de orientação”, disse.

Presente na CCJ, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) elogiou a iniciativa do vice-presidente da Câmara, mas não deixou de salientar a ironia de quem é o autor.

“O deputado Fabinho Ramalho é conhecido aqui por ser muito generoso até na oferta de alimentos que, às vezes, não são muito calóricos por sinal. Não é irrelevante o fato de Sua Excelência ter apresentado esse projeto cuidadoso com a saúde das nossas crianças. É de alta importância. O projeto é de 2007, mas antes tarde do que nunca. Vamos tentar ser mais naturais. Um suco não faz mal a ninguém. O refrigerante faz”, declarou Alencar.

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