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Senadores e deputados disputam  quem  terá a “primazia” de convocar figurões como o empresário Joesley Batista. | Evaristo Sá    /    AFP
Senadores e deputados disputam quem terá a “primazia” de convocar figurões como o empresário Joesley Batista.| Foto: Evaristo Sá / AFP

A CPI Mista da JBS, que terá sua primeira reunião para valer nesta terça-feira (12), mal começou e já tem uma penca de 101 requerimentos de convocações e convites apresentados por deputados e senadores que vão integrá-la. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é o alvo preferido dos parlamentares. Há seis requerimentos, de seis diferentes parlamentares, desejando a presença de Janot na CPI.

Há cinco pedidos para que o empresário Joesley Batista e o procurador Marcello Miller compareçam "sob vara", convocados, e quatro para convocar Ricardo Saud, que foi diretor da JBS. Nessa condição, eles são obrigados a comparecer. Se estiverem presos, vão acompanhados de escolta policial. Enfim, deputados e senadores "disputam" quem terá a primazia de convocar os "figurões" da mais recente crise política instalada no país. 

Há pedidos para convocações de nomes de ponta do PT, casos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, dos ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antônio Palocci, e do ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho. Há quem peça – são dois requerimentos protocolados – para que o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, seja ouvido. Ele presidiu o conselho de Administração da J&F em 2012. 

Não há, até o momento, nenhum pedido de convocação do presidente Michel Temer. Há, porém, um pedido para que seu ex-auxiliar Rodrigo Rocha Loures compareça. Os parlamentares do PT que integram a CPI ainda não apresentaram requerimentos. Essa é uma das razões de estarem também na linha de frente da CPI. 

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliadíssimo de Temer, é cotado para ser o relator. O presidente da CPI é o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que esteve neste final de semana com Temer. Ele é autor de vários requerimentos de algozes do presidente da República, caso de Janot e dos irmãos Joesley. Para Ataídes, são "gravíssimas as suspeitas de participação indevida do Ministério Público Federal nas delações dos irmãos Joesley e Wesley Batista". 

Até mesmo a mulher de Joesley, a jornalista Ticiana Villas Bôas, é alvo de dois requerimentos para que compareça à CPI. Num deles, é para falar sobre o jantar de que, segundo Ricardo Saud, ela participou e no qual foi tratado pagamento propina para o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD).

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