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Bombeiros no local atingido pelo deslizamento buscam sobreviventes que possam estar soterrados. | Reprodução/GloboNews
Bombeiros no local atingido pelo deslizamento buscam sobreviventes que possam estar soterrados.| Foto: Reprodução/GloboNews

O deslizamento de terra e pedras no Morro da Boa Esperança, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, deixou até o momento 15 mortos. Na madrugada deste domingo (11), mais quatro corpos foram encontrados soterrados. Além disso, um menino de três anos que havia sido resgatado com vida não resistiu aos ferimentos e morreu no início da tarde no hospital. Outras dez pessoas ficaram feridas na tragédia, ocorrida na madrugada de sábado (10).

Da noite de quarta-feira (7) até sexta-feira (9), fortes chuvas atingiram o estado do Rio, incluindo a região metropolitana, mas não houve registro de acidentes graves em outras localidades além de Niterói.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 5 horas da manhã de sábado, após seis casas terem sido atingidas pelo deslizamento. Sete equipes de cinco quartéis, totalizando 80 homens, atuaram no resgate a feridos. Entre os mortos estão duas mulheres entre 50 e 60 anos e um homem de 37 anos. Os bombeiros estimam que o trabalho de remoção dos escombros, resgate das vítimas e busca por corpos pode levar até dois dias.

“Choveu muito nos últimos dois dias. Niterói estava em estágio de atenção e alerta de acordo com a área e as comunidades estavam avisadas dessa situação, com recomendação para buscarem locais seguros”, comentou o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Roberto Robadey Costa Júnior, em entrevista à GloboNews.

Segundo Claudio dos Santos, que se apresentou como presidente da associação de moradores do local, algumas das casas atingidas estariam interditadas pela Defesa Civil há cerca de um ano, mas seus donos se recusavam a deixá-las. Posição corroborada na sequência por uma moradora.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), negou a informação e descreveu o acidente como uma fatalidade, pois não se tratou de um deslizamento de encosta que poderia receber obras de contenção. “Foi a ruptura de um maciço, não foi deslizamento de encosta”, afirmou Neves, por telefone, em entrada ao vivo no RJTV, da Rede Globo.

Em nota, a Prefeitura de Niterói informou que “investiu mais de R$ 150 milhões em obras de contenção em 50 encostas da cidade”. Afirmou ainda que “Defesa Civil [municipal], Saúde, Assistência Social, Obras e Companhia de Limpeza, estão no local, atuando em conjunto com o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Estadual, prestando socorro às vítimas e apoio para vizinhos, amigos e familiares”.

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