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| Foto: José Cruz/Agência Brasil

O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ser favorável às privatizações de estatais brasileiras, desde que o processo seja amplamente fiscalizado e embasado por um marco regulatório robusto. Durante entrevista para o Canal Livre, da Band, transmitida na madrugada desta segunda-feira (26), Alckmin defendeu inclusive a privatização da Petrobras, com a ressalva de que “é preciso discutir a modelagem” do negócio.

Não é a primeira declaração do tucano sobre o assunto. Semanas atrás, ele afirmou que “tudo” pode ser privatizado na Petrobras, caso haja um “bom” marco regulatório no futuro.

Alckmin foi questionado no programa sobre como seria sua postura diante do tema privatização durante as eleições e em um eventual mandato como presidente. Os entrevistados lembraram da campanha de 2006, em que Alckmin se posicionou contra a privatização de estatais. Em resposta, o governador de São Paulo disse que ele não se posicionou contra, mas combateu o que ele chamou de mentira de seu então adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Meu adversário naquela época, o Lula, disse que eu iria privatizar o Banco do Brasil. Não iria e nem irei. Mas apoio a privatização em alguns momentos porque o Estado não tem de ser empresário”, defendeu.

Segundo Alckmin, tudo que puder ser feito pelo setor privado, o governo não deve interferir, dando lugar a privatizações, concessões e parcerias público-privadas (PPPs). O papel do Estado seria fundamental na fiscalização e na elaboração de um marco regulatório. Como exemplo, ele relembrou reportagens veiculadas neste ano que apontaram que concessionárias de rodovias aumentaram pedágios, mesmo sem cumprir contratos e entregar obras. “As PPPs são boas ou ruins? Depende. Se tiver um marco regulatório e fiscalização, são boas”, argumentou, reforçando que essas parcerias são formas de trazer investimentos para o país e gerar empregos.

‘Eu até manteria essa diretoria do Banco Central’

Na entrevista, o tucano fez elogios ao atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Ao falar sobre a questão fiscal brasileira, Alckmin sinalizou que estaria disposto a manter a atual diretoria da instituição. “Eu até manteria essa diretoria. Acho que o Ilan é um cara muito bom”, disse.

Ao falar sobre a crise brasileira, o governador de São Paulo disse que a dificuldade é sobretudo fiscal. “Não é possível essa gastação de dinheiro público”, defendeu. “Eu entendo que o nosso problema macroeconômico é uma boa política fiscal.”

‘Estamos preparados para enfrentar o PT’

Alckmin disse também que seu partido está preparado para enfrentar o PT nas eleições, seja contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou outro nome da legenda. “Estamos preparados para enfrentar o PT”, disse o tucano, durante entrevista para o programa Canal Livre, da Band, transmitida na madrugada desta segunda-feira, 26.

Questionado se Lula teria direito de disputar a eleição, após condenação em segunda instância, Alckmin disse que isso vai depender da Justiça. “Não sei o que o Judiciário vai resolver.” Mesmo assim, o governador de São Paulo fez duras críticas à atual postura do PT, que estaria “desmoralizando instituições” em um momento em que o país precisa delas cada vez mais fortes.

Alckmin também voltou a chamar de “injustas” as acusações feitas pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), de que a prévia que estava sendo organizada pelo partido, que tem Alckmin como presidente nacional desde dezembro, seria uma “fraude”. Virgílio desistiu de disputar a indicação para a disputa presidencial contra Alckmin.

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