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Jair Bolsonaro atraiu multidão em  visita a Cascavel | Divulgação/Show Rural
Jair Bolsonaro atraiu multidão em visita a Cascavel| Foto: Divulgação/Show Rural

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) quer mesmo ser presidente. Em Cascavel, no Oeste do Paraná, arrebatou uma multidão enquanto ia do aeroporto da cidade até o Show Rural, um grande evento do agronegócio, na quarta-feira (7). Discursando no meio do povo, Bolsonaro falou como presidente, exaltou as próprias qualidades, fez promessas e garantiu: caso eleito, não dará indulto para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer ser o candidato do PT para as eleições deste ano e é o maior adversário do parlamentar. “O futuro presidente não dará indulto pro Lula. Bandido não tem que disputar eleição. Bandido tem que ir pra cadeia”, afirmou para o delírio da turma que o acompanhava pelas ruas.

O deputado foi recepcionado no aeroporto da cidade aos gritos de “mito” e gritos de guerra (“um, dois ,três, quatro, cinco mil... queremos Bolsonaro presidente do Brasil”). Tudo fartamente gravado e compartilhado nas redes sociais. O presidenciável fez um discurso de alguns minutos para aqueles que o acompanhavam com mais atenção. Improvisado em meio ao povo e carros, Bolsonaro falou rapidamente sobre diversos temas, das dificuldades de campanha à posse, passando também pelos “deslizes” cometidos por ele.

“Nós teremos um presidente que será temente a deus, valorizará a família, respeitará todas as religiões, dará uma retaguarda jurídica para os nossos policiais civis e militares. Vai dar arma de fogo ao cidadão de bem. Vai dar um fuzil ao homem do campo. Vai enquadrar o MST como terrorista. Vai tratar todos os brasileiros como iguais: não haverá divisões de classes. Vamos dar um pontapé na bunda dos comunistas”, declarou Bolsonaro, arrancando muitos aplausos.

O deputado ainda disse que trará para sua posse o filósofo Olavo de Carvalho e que vai reverenciar Enéas Carneiro, político já morto em quem ele inspira parte de seu discurso. Das poucas ações que tratou em seu discurso, Bolsonaro disse que vai trazer “as Forças Armadas para a mesa dos ministros”. Calcanhar de Aquiles do candidato, a economia foi tratada superficialmente. “Vamos buscar saídas para a economia com os países do primeiro mundo”, limitou-se a declarar.

Ele ainda teceu críticas à classe política. “Nós não teremos negociação com bandidos dentro do parlamento. O Brasil tem chance de ser uma grande potência. E será. Ao meu lado, teremos Deus e o povo, que são vocês”, disse. E também justificou as “caneladas” que cometeu. “De vez em quando dou as minhas caneladas, mas essas caneladas são o meu grito de indignação contra o que fazem no Brasil essa putrefa classe política”, disse. Bolsonaro é deputado desde 1991. E quer ser presidente.

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