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| Foto: Facebook,/Flávio Bolsonaro

O hospital Albert Einstein divulgou, em boletim médico, às 14h20 desta sexta-feira (7), que o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) "está consciente e em boas condições clínicas" e sendo avaliado por uma equipe multidisciplinar.

Segundo o texto, o candidato, que foi ferido com uma faca no abdômen durante evento de campanha em Juiz de Fora, "está internado na UTI, onde realizou exames laboratoriais e de imagem e foi avaliado por equipe multiprofissional".

O tratamento iniciado em Juiz de Fora está sendo continuado, segundo o boletim, assinado pelo médico Miguel Cendoroglo, diretor superintendente e responsável pelo hospital neste plantão. O próximo relatório será divulgado às 10h de sábado (8).

TRANSFERÊNCIA

Bolsonaro chegou ao hospital Albert Einstein, em São Paulo, às 10h40 desta sexta-feira (7). Ele foi recebido pela equipe médica sob gritos de apoiadores, após viagem de avião e ambulância desde Juiz de Fora (MG), onde foi esfaqueado nesta quinta (6).

De acordo com a assessoria do hospital paulistano, Bolsonaro chegou na mesma situação que estava: em estado grave, mas estável. 

O diretor médico do plantão é o cirurgião Miguel Cendoroglo. Ele vai chefiar a equipe de atendimento de Bolsonaro, cujos nomes serão confirmados à tarde.

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O filho do candidato e deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL) afirmou que o pai saiu de Minas Gerais rindo, fez sinal de positivo e disse "pode ficar tranquilo". "'Vamos nessa, Brasil', do jeito dele, né?", disse. O deputado não falou sobre campanha eleitoral. "O pior já passou, então agora a gente fica otimista e quando for normalizando a situação dele a gente vê quais são os próximos passos que a gente vai dar." 

Flávio deixou a Santa Casa a pé, aos gritos de "mito, mito" por militares que participam do desfile de 7 de setembro na cidade. O evento ocorreu na avenida em frente ao hospital, no momento em que Bolsonaro saía do hospital.

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Ele saiu da Santa Casa de Misericórdia em uma UTI móvel, por volta das 8h20, após permanecer cerca de 17 horas no hospital. Segundo a diretora médica e técnica da Santa Casa, Eunice Dantas, seu estado de saúde é "hemodinamicamente estável", o que significa que seus órgãos estão funcionando normalmente, porém em observação. "Ele apresenta excelentes recuperação e condições clínicas", disse ela. 

De acordo com os médicos, ele chegou em estado de choque, foi atendido na emergência e passou por uma grande cirurgia. Segundo Dantas, ele perdeu 40% do sangue do corpo, cerca de 2,5 litros, e recebeu quatro bolsas de sangue. 

Ela avalia uma possível alta hospitalar em sete a dez dias. Também diz que a retirada da colostomia, uma comunicação do intestino grosso e o exterior através da barriga, em dois a três meses, se tudo correr bem. Os médicos afirmam que se ele tivesse demorado mais para ser socorrido, poderia ter morrido. 

Traumas como o do presidenciável, que atingiu grandes vasos sanguíneos e órgãos no abdome, são marcados por um período crítico de recuperação nas primeiras 48 horas. Os maiores riscos nessa fase, explicou Ludhmila Hajjar, especialista em terapia intensiva e em medicina de emergência e professora da USP, são de hemorragia, inflamação, coágulos, insuficiência renal e infecções. 

O boletim médico divulgado descartou a possibilidade de lesão no fígado. A veia mesentérica superior, que leva sangue para parte do intestino, foi lesada e reparada, assim como as lesões no intestino grosso e no intestino delgado. 

Apoiadores  

Apoiadores de Bolsonaro começam a chegar aos poucos ao hospital. As amigas aposentadas Ana Maria Bolsinhas, 74, e Ana Serra, 67, chegaram às 10h15, vestidas de verde e amarelo para prestar solidariedade ao candidato do PSL. "Que venha muita gente aqui fazer vigília como fazem para o bandido lá", disse Bolsinhas, referindo-se ao ex-presidente Lula (PT), preso em Curitiba. Segundo ela, quem planta o ódio são os outros. "Aí porque ele faz sinalzinho [de arma] com a mão...". Serra, com uma camiseta com o rosto do candidato, disse que agora Bolsonaro será eleito "no primeiro turno".

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