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| Foto: Carl de Souza / AFP

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem tanta confiança que estará no segundo turno da eleição presidencial, em outubro, que já escolheu até um adversário favorito para rivalizar na reta final do pleito: o ex-governador Ciro Gomes, do PDT. O estafe do presidenciável do PSL dá como certo alguém da esquerda no segundo turno, e torce para ser o pedetista, segundo o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair e candidato à reeleição com a incumbência de ser o puxador de votos do partido para a Câmara.

Eduardo até faz elogios a Ciro e acha que seu perfil é o adequado para uma disputa no segundo turno. "Eu gostaria do Ciro Gomes. Ele pelo menos é mais direto, sincero no que ele fala. Tem os problemas dele, a ficha dele para trás , que compromete muito o trabalho dele, mas pelo menos é mais autêntico do que um Geraldo Alckmin, que é um político padrão e tenta pegar  voto de todo lado. Eu respeito mais um inimigo com esse perfil", disse Eduardo aos jornalistas, em conversa no plenário da Câmara. 

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O filho do presidenciável tem convicção de que o pai será o alvo dos concorrentes e atacado na propaganda eleitoral de rádio e TV e nos debates. Para ele, não será uma boa estratégia por acreditar que Bolsonaro tem bom desempenho nesses embates, como, acredita o deputado, o candidato apresentou nas entrevistas que concedeu até agora. 

"Não me parece uma boa tática atacarem ele, que já demonstrou ser bom de resposta rápida e de bate pronto. Isso surte efeito. E os outros candidatos têm que disputar votos entre eles também", afirmou Eduardo.

Campanha no interior de SP 

A campanha de Jair Bolsonaro começa a definir locais para as viagens para buscar votos. Alguns locais estão sendo escolhidos, como o interior de São Paulo. A ideia é Bolsonaro viajar pelo menos cinco vezes a essas localidades, como Bauru, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. "O interior de São Paulo é muito conservador por causa do agronegócio". 

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Perguntado sobre o confronto direto que Bolsonaro terá com Geraldo Alckmin (PSDB), o parlamentar minimizou a força do ex-governador paulista. "Não acho que o Alckmin tem essa força toda não em São Paulo. Ele foi eleito no primeiro turno, e em plena crise hídrica, porque tinha um vácuo na direita. Agora, não tem mais. Com o surgimento do Bolsonaro todo mundo se concentrou nele". 

Eduardo também tirou o peso do tempo de TV, quase seis minutos, que Alckmin conseguiu após o acordo com os partidos que compõem o Centrão. 

"Ele fez um acordo com o Centrão visando tempo de TV e vendeu a alma ao diabo. Deu ministério, ofereceu cargos. E outra coisa. Tempo de TV é bom para quem não é conhecido, para fazer chegar nos rincões. Sei que seremos muito atacados nessa campanha na TV, mas vamos usar nossas redes sociais e os debates, vamos em todos, não só para nos defender como para nos fazer reconhecido. O candidato Jair Bolsonaro ainda tem um potencial a explorar. Ele não é conhecido em muitos lugares do Brasil. E agora vai ser".

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