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 | Evandro Éboli/Gazeta do Povo
| Foto: Evandro Éboli/Gazeta do Povo

Num evento político-religioso – com culto evangélico e citações bíblicas –, o deputado Cabo Daciolo (RJ) assinou sua ficha de filiação ao Patriota e foi lançado pré-candidato à Presidência da República pela legenda. Daciolo, que foi eleito pelo PSOL e atualmente estava no Avante, é um parlamentar de discursos e posições contundentes e, mais de uma vez, já defendeu o fechamento do Congresso. À Gazeta do Povo, ele disse que não retira uma vírgula do que falou e afirmou ainda que a Câmara é dominada por uma "quadrilha". 

O parlamentar foi a alternativa encontrada pelo Patriota  para substituir aquele que seria seu sonho de consumo na disputa presidencial, mas cuja aliança não se concretizou: Jair Bolsonaro.

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"Bolsonaro não está aqui, mas Deus mandou um semelhante com mais condições de ganhar. Um candidato muito mais preparado e equilibrado que o Bolsonaro, que não fala besteira", disse o presidente do Patriota, Adilson Barroso, que, ainda sem intimidade com seu novo presidenciável, se refere a ele como "Darciolo". "Estamos diante do futuro presidente do Brasil", completou Barroso. 

O ato de filiação de Daciolo foi sem pompa e pouco prestigiada. Poucas pessoas compareceram num dos pequenos plenários de comissões da Câmara dos Deputados. Com a chegada dele ao partido, o Patriota alcançará uma bancada de cinco deputados, número mínimo para a legenda ter direito a voz no plenário, presença na reunião de líderes e um espaço e cargos para constituir sua liderança na Casa. 

Daciolo, de 42 anos, atribui esse novo desafio na sua carreira política a um chamamento de Deus. Sobre algumas ações, se eleitor for, o pré-candidato do Patriota quer uma auditoria nas contas públicas do país. "Proponho a não me corromper e ajudar a salvar o povo brasileiro. Precisamos tirar o Brasil da condição de colônia que vive até hoje". 

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No ato, ele comunicou ao presidente da legenda que não quer um centavo do recurso de financiamento público que o Patriota terá direito – em torno de R$ 10 milhões – para sua campanha. "Mas peço que cada um que acredite em nós deposite R$ 20. Vamos dar o número da conta", anunciou o deputado. 

Sobre defender o fechamento do Congresso, Daciolo afirmou que não volta atrás. "Todas as palavras que falo eu mantenho e assino embaixo. Isso aqui [Congresso] é uma grande mentira, um grande balcão de negócios. Digo que 100% do que se vota aqui são medidas provisórias. Há uma verdadeira quadrilha instaurada no Congresso. Uma quadrilha que está matando o povo. Não vejo a hora que todos esses bandidos sejam presos".

O presidenciável anunciou que seu vice será um militar de “alta patente”, cujo nome será conhecido em breve. Entre os presentes no ato estava o presidente do Patriota no Distrito Federal, o advogado Paulo Fernando, que sugeriu o nome desse militar ao partido quando Bolsonaro acertava sua ida para a legenda, no ano passado. 

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