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João Doria, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, lidera as intenções de voto: política do estado é dominada pelos tucanos há mais de 20 anos. | H_BALLARINI/Fotos Públicas
João Doria, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, lidera as intenções de voto: política do estado é dominada pelos tucanos há mais de 20 anos.| Foto: H_BALLARINI/Fotos Públicas

A perspectiva de novidade que o cenário eleitoral nacional apresenta não se repete no âmbito estadual. As pré-campanhas locais têm mostrado que a competição vai permanecer entre forças regionais tradicionais. É o caso de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país. Embora o PSDB paulista esteja tentando solucionar um racha interno, o partido segue forte na disputa, com o ex-prefeito João Doria. A política do estado é dominada pelos tucanos há mais de 20 anos.

Márcio França (PSB), que assumiu o governo com a renúncia de Geraldo Alckmin (PSDB) para disputar a Presidência da República, vai concorrer ao governo paulista. Com a máquina pública na mão, pode acabar em vantagem. Há outros nomes colocados na corrida pelo governo de São Paulo, como Paulo Skaf (MDB), Rodrigo Garcia (DEM) e Luiz Marinho (PT). Mas não fogem à regra das disputas recentes. “É o antipetismo característico de São Paulo que segue forte”, afirmou o consultor político Vitor Oliveira.

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No segundo maior colégio eleitoral, Minas Gerais, mais um modelo está prestes a se repetir. De um lado, o PT e a intenção de reeleger Fernando Pimentel. Do outro, o senador e ex-governador Antonio Anastasia, que vai tentar devolver ao PSDB o comando do estado.

Dos estados com o maior número de eleitores, quem pode surpreender é o Rio de Janeiro. Atingido em cheio pela Lava Jato, com lideranças políticas locais importantes presas, o estado tem um cenário dos mais indefinidos. Há partidos menores com nomes na disputa – caso do deputado Alessandro Molon (PSB) –, mas as maiores siglas vêm se reorganizando.

“Podemos notar que as forças políticas locais estão se rearticulando. Há uma aproximação dos Maia (DEM) com o ex-prefeito Eduardo Paes. Os Picciani (MDB) também estão buscando voltar à cena com força”, disse Oliveira. Na Bahia, ACM Neto desistiu de concorrer ao governo. Mas o legado “carlista” continuará no centro do debate. “Mais um mais do mesmo: petistas contra carlistas”, avaliou o consultor.

Tradição

O professor da Universidade Católica de Brasília e consultor político Creomar de Souza destaca que as eleições deste ano serão dominadas por dois fatores: a renovação política e o novo modelo de financiamento eleitoral, com a proibição de doações de empresas.

Creomar chama a atenção para as alianças partidárias que ainda estão por vir. E avalia: “Com a junção de fundos e de tempo de televisão, podemos verificar alguma surpresa”.

Pondera, porém, que sem dinheiro para se financiar, com fundo partidário e eleitoral reduzido e nas mãos dos velhos nomes da política, a renovação ainda deve ficar no campo das ideias.

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