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 | Facebook  / Luciano Zucco
| Foto: Facebook / Luciano Zucco

O tenente-coronel Luciano Zucco coordenou o Gabinete de Segurança da Presidência da República nas gestões dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Foi o responsável pela proteção desses ex-ocupantes do Palácio do Planalto. Zucco, que hoje está lotado no Comando Militar do Sul, em Porto Alegre (RS), está entre os 32 militares da ativa candidatos nestas eleições. Ele concorre a uma vaga de deputado estadual. 

Mas não há a mínima afinidade ideológica de Zucco com seus antigos chefes. Ao contrário. O militar é filiado ao Partido Social Liberal, o PSL do presidenciável Jair Bolsonaro, e tem como um ídolo o vice nessa chapa, o general Hamilton Mourão. 

Zucco tem 44 anos e um dos motes de sua campanha nas redes sociais remete a essa “missão” no Planalto. “O homem que coordenou a segurança de presidentes da República está pronto para lutar para a segurança de todos os gaúchos”, diz o seu slogan.

Entre as atribuições de Zucco estavam a segurança pessoal de Lula. O oficial coordenava essa área nas viagens e também em eventos, além de ser o responsável pelo comboio que levava o ex-presidente para seus compromissos. Na Presidência, Zucco era subordinado na segurança ao general Gonçalvez Dias,  chefe geral desse setor.

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Não há qualquer citação aos presidentes com os quais trabalhou nas suas fotos ou no seu material de campanha. O campo político oposto em que está, a direita assumida de Bolsonaro e seus apoiadores, talvez explique. 

São muitas as imagens, vídeos, fotos e depoimentos ao lado do general Mourão, classificado por ele numa dessas gravações como “seu ídolo militar”.  Bolsonaro é citado por ele como a “esperança nacional”. 

No Planalto, o oficial trabalhou também ao lado dos ex-vice-presidentes José Alencar e Michel Temer. Ele membro foi do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Zucco é um especialista na área de inteligência e análise de risco e dá palestras sobre  segurança. Recentemente lançou o livro 
“O decisor - sobre a importância da atividade de inteligência”. 

As bandeiras que defende são as mesmas de Mourão e Bolsonaro: defesa da família, da pátria, contra o aborto, a favor do porte de armas, entre outras. 

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“Pelo direito de se defender. Numa sociedade armada os criminosos não sobrevivem por muito tempo”, postou Zucco no seu material de campanha na internet. 

O candidato também condena a “doutrinação político-partidária” que acredita haver nos colégios. Esse é o ponto principal da campanha por uma Escola Sem Partido, movimento adotado por alguns parlamentares no Congresso Nacional. 

Em relação ao aborto, Zucco parece concordar com os casos hoje previstos na lei: para proteger a mãe em risco de vida, gravidez resultante de estupro ou diagnóstico de anencefalia do bebê. 

“Agora, liberação para qualquer situação, como uma noitada cheia de sexo, álcool ou drogas, sou contra!”, descreve.

O tenente-coronel também quer a volta da execução do hino nacional nas escolas e defende ampliação dos colégios militares no país. 

Nos seus depoimentos sobre Zucco, Mourão diz se tratar de um quadro que está entregando parte de sua carreira militar para ajudar a resolver os problemas do país. 

“É um quadro jovem do nosso Exército e cuja oficialidade está comprometida com o destino da Nação. Ele encarna os valores da academia militar e a tríade da honra, defesa e Pátria. É um profundo conhecedor da sensível questão de segurança pública”, disse Mourão.

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