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| Foto: Wenderson Araújo /Gazeta do Povo

Não bastasse a dificuldade de aceitação que seu nome enfrenta no Norte e Nordeste do país, as pretensões eleitorais do tucano Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, têm outro nicho de problema, mas esse na Região Sul. E que atende pelo nome de Alvaro Dias, o senador do Podemos do Paraná.

Também presidenciável, Dias tem um desempenho nacional nas pesquisas eleitorais que varia de 3% a 5%, que o deixa em posições que vão do quarto ao sétimo lugar, de acordo com o cenário. Alckmin oscila do terceiro ao sexto lugar com números entre 4% a 9%, dependendo da pesquisa. 

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A questão é que quando se considera apenas a Região Sul, Alvaro Dias rouba votos – e não são poucos – de Alckmin. No último Datafolha, Dias tem 11% das intenções de votos, quase o dobro de Alckmin, estacionado com 6% na região. O senador paranaense já foi do PSDB e por isso mesmo ainda é muito identificado com esse eleitorado. Ele chegou a ser líder tucano no Senado e também da oposição aos governos do PT.

Na disputa presidencial de 2010, Dias chegou a ser indicado vice na chapa de José Serra. O fato chegou a ser anunciado nas redes sociais de Roberto Jefferson, o manda-chuva do PTB. O Democratas, principal aliado tucano, porém, não gostou da ideia e pressionou o PSDB a colocar em seu lugar o inexpressivo deputado carioca Índio da Costa.

Vantagem pode ser revertida

Deputados do PSDB preferem minimizar essa vantagem de Dias sobre Alckmin no Sul. Atribuem a alguns fatores como a “eleição ainda não começou” e ao que chamam de "recall" do senador do Podemos, que tem mais quatro anos de mandato.

"O Alvaro é conhecido na região. E o Alckmin, embora já tenha sido nosso candidato, é mais forte no Sudeste. É natural que tenhamos esse cenário antes do processo eleitoral ter começado de fato. O Paraná tem um peso grande nessa vantagem do Alvaro. Fui seu secretário da Fazenda, conheço sua popularidade. Foi um governador de muitas obras e é um político ficha limpa. Mas o Alckmin vai crescer na região quando começar a andar o país. O mesmo vai acontecer no Nordeste", avalia o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

"Acho que as pesquisas que estão sendo feitas atualmente captam muito mais recall e conhecimento dos políticos. Por isso, os pré-candidatos mais conhecidos em determinadas regiões se destacam nas suas áreas de atuação. O senador Alvaro Dias, todos sabemos, é bastante conhecido, em especial no Paraná. Por isso, entendo como natural. Mas, antes de setembro, não há pesquisa que tenha relevância de fato. A campanha já está na rua. O Alckmin já tem 11% dos votos e obtendo mais 9% (totalizando 20%) estará no segundo turno", disse o ex-secretário-geral do PSDB e também deputado federal Silvio Torres (SP). 

Podemos cresce na Câmara

O Podemos é um dos partidos que mais cresce na Câmara. Em 2014, ainda com o nome de PTN, elegeu apenas quatro deputados. Agora, na janela partidária, já chega a 19. A presidente da legenda, a deputada federal Renata Abreu, articula novas filiações boa parte do tempo, durante esses dias.

É comum vê-la no cafezinho no fundo do plenário da Câmara, um lugar mais reservado e onde parlamentares aproveitam para fazer refeições e assistir futebol na TV, conversando com colegas de outras legendas.

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