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| Foto: NELSON ALMEIDA AFP

O baixo desempenho nas pesquisas eleitorais desencadeou uma nova onda de insatisfações internas na campanha de Geraldo Alckmin (PSDB). Além de não decolar nas pesquisas, o tucano está preocupado com os focos de traição que voltam a despontar.

O ex-governador de São Paulo reuniu em torno de si oito partidos (PTB / PP / PR / DEM / SOLIDARIEDADE / PPS / PRB / PSD) além do PSDB e aceitou engolir exigências para ter o apoio do centrão. Agora, ele vê integrantes dessas outras siglas fazerem campanha nos estados para o ex-presidente Lula. Mais que números absolutos, pesam nesse sentido as características regionais, especialmente no Nordeste, reduto majoritário do PT.

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A situação começou a ficar evidente no fim de semana, quando o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), apareceu ao lado de Fernando Haddad, vice na chapa petista, fazendo o "L" de Lula com a mão. O PT lidera no Nordeste e, na avaliação dos próprios tucanos, a manifestação é uma "condição para a sobrevivência política local". 

O PP é o partido da vice na chapa de Alckmin, a senadora Ana Amélia (RS). Ela está concentrada em ampliar a participação do tucano nos estados do Sul. Mas lá na região outros integrantes da legenda defendem a atitude de Ciro. 

O ex-ministro da Saúde Ricardo Barros (PP-PR), por exemplo, tem dito que o compromisso da sigla era apenas nacional, com a contribuição do tempo de televisão a Alckmin. "Disparidades regionais fazem parte". 

“Traições esperadas”

Dirigentes da campanha tucana minimizam os focos de insatisfação e dizem que determinadas posturas contrárias à chapa tucana já eram esperadas. "É o que ocorre em uma chapa grande. Não existe unanimidade", afirmou um dos coordenadores da equipe de Alckmin. 

Antes de sua candidatura ser confirmada, o ex-governador paulista enfrentou uma onda de traições e resistências em seu próprio partido, justamente devido aos resultados nas pesquisas eleitorais. Agora, com os fracos índices demonstrados nas primeiras pesquisas após o início oficial da campanha eleitoral, a pressão aumenta.

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A campanha de Alckmin segue com o discurso de que, após o início da propaganda eleitoral em rádio e televisão, em 31 de agosto, o tucano vai deslanchar. Porém, seguem alerta e avaliando estratégias. 

Com as recentes pesquisas em mãos, os coordenadores tucanos estão fazendo um mapeamento dos palanques regionais e discutindo um tom mais incisivo.

As participações nos dois debates de televisão também estão em avaliação. Aliados querem que Alckmin seja mais simples na forma de falar, mais próximo das pessoas e, especialmente, invista em ataques contundentes ao adversário do PSL, Jair Bolsonaro, como fez Marina Silva (Rede) no debate da semana passada, na Rede TV.

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