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| Foto: EVARISTO S/ AFP

"Frágil". É assim que aliados, a essa altura do campeonato, falam da candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República. O ex-governador é o nome do PSDB na corrida ao Planalto neste ano. Pelo menos é disso que ele tenta convencer não só o eleitorado, como os próprios tucanos.

Apesar de Alckmin ser o presidente do partido, há outros expoentes com influência no ninho tucano. E parte justamente de alguns desses as resistências a ele como candidato. E o ex-prefeito da capital paulista João Doria é visto como um substituto potencial.

Embora não seja um inimigo declarado de Alckmin como o ex-governador de São Paulo José Serra, o senador Aécio Neves (MG) é um dos que articula uma alternativa à "fragilidade de Alckmin".

O senador se enfraqueceu com denúncias de corrupção, largou o comando tucano, reduziu as presenças públicas. Mas nunca deixou de se movimentar e ter suas opiniões ouvidas.

Semana passada, Aécio se reuniu com o presidente Michel Temer (MDB) e com o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, para conversar sobre a viabilidade de manter a candidatura de Alckmin. Consideraram que Doria poderia conquistar mais simpatia interna e externa.

Temer não será candidato e também está enfraquecido com denúncias e as altas taxas de reprovação. Já Maia, que deve tentar se reeleger na Câmara – pretende também a reeleição também à Presidência da Casa –, acabou assumindo um protagonismo nas negociações do Democratas no pleito deste ano.

Tanto o presidente como o deputado já estiveram com Alckmin. Têm frequentes conversas com aliados do tucano sobre formalizar uma aliança com o PSDB. Concordam com a candidatura única do "centro". Mas mantêm também contatos a respeito de derrubar Alckmin da cabeça da chapa tucana em favor de João Doria. 

Doria é, a princípio, candidato ao governo de São Paulo. Publicamente, declara que Alckmin é "o plano A do PSDB". Porém, lidera conversas para se viabilizar como candidato ao Planalto pelo partido desde o ano passado. Já esteve, inclusive, com o ex-presidente Fernando Henrique, que demostrou, na ocasião, simpatia por essa possibilidade. Hoje, publicamente, defende a candidatura de Alckmin como o nome do que vai unir o centro.

Essa é a segunda campanha presidencial de Alckmin, mas no fim de junho, a pouco mais de três meses das eleições, ele ainda não conseguiu passar do quarto ou quinto lugares nas pesquisas se opinião. Além de apresentar um alto porcentual de rejeição.

Levantamento CNI/Ibope divulgado nesta quinta-feira (28), mostra o tucano com 4% a 6% das intenções de voto e 22% de rejeição. A cada nova pesquisa, as resistências a seu nome aumentam.

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Para além dessas dificuldades, que a campanha do tucano insiste em dizer que serão revertidas com o início da propaganda em rádio e TV, a partir de agosto, Alckmin é mencionado na Operação Lava Jato.

E com as incertezas que é obrigado a enfrentar, adia decisões importantes, como a definição de um nome para ser vice em sua chapa, o que só deve ocorrer no fim de julho, véspera do encerramento do prazo de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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