• Carregando...
 | Nelson Almeida/AFP
| Foto: Nelson Almeida/AFP

A candidata derrotada à Presidência Marina Silva (Rede) declarou “apoio crítico” a Fernando Haddad nesta segunda-feira (22), a seis dias da votação do segundo turno da corrida presidencial. “Sei que, com apenas 1% de votação no primeiro turno, a importância de minha manifestação, numa lógica eleitoral restrita, é puramente simbólica. Mas é meu dever ético e político fazê-la”, diz.

“Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, ‘destroem sempre que surgem’, ‘banalizando o mal’, propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, ‘pelo menos’ e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad”, disse ela, em nota.

LEIA TAMBÉM: Facebook remove 68 páginas e 43 contas pró-Bolsonaro acusadas de espalhar spam

Para Marina, a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) é um perigo à democracia, ao meio ambiente, respeito à diversidade e aos direitos civis. “A pregação de ódio contra as minorias frágeis, a opção por um sistema econômico que nega direitos e um sistema social que premia a injustiça, faz da campanha de Bolsonaro um passo adiante na degradação da natureza, da coesão social e da civilização. Não é um retorno genuíno ao mandamento do amor, é uma indefensável regressão e, portanto, uma forma de utilizar o nome de Deus em vão.”

Marina ficou em oitavo lugar no primeiro turno, com 1% dos votos. Logo após a primeira etapa da eleição, a Rede divulgou nota na qual prometeu oposição independente de quem vença as eleições.

LEIA TAMBÉM: Pesquisa CNT/MDA traz Bolsonaro com 57% dos votos válidos; Haddad tem 43%

Na ocasião, a sigla anunciou também que não apoiaria Haddad, mas recomendou explicitamente que seus filiados e simpatizantes não votem em Bolsonaro.

Eymael também acena a Haddad

Após a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de que bastam um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal Federal, o candidato derrotado à Presidência pelo DC (Democracia Cristã), José Maria Eymael, disse que não pode continuar neutro na disputa.

Ele acenou ao petista Fernando Haddad, a quem pediu um “pacto nacional pela democracia”. Eymael teve pouco mais de 41.710 votos nas eleições 2018, o equivalente a 0,04% do total.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]