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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

As pré-campanhas dos candidatos a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) divulgarão vídeos nas redes sociais com críticas ao pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL), principalmente em relação ao histórico de declarações controversas do deputado federal – sobretudo as acusações de que ele é machista. O vídeo da pré-campanha de Meirelles, que será divulgado nesta semana, trará ainda ataques ao pré-candidato Ciro Gomes (PDT).

Em busca do eleitorado feminino que rejeita Bolsonaro, a pré-campanha do tucano Geraldo Alckmin também tem intensificado as críticas a falas polêmicas do adversário sobre mulheres e outras minorias.

No filme de um minuto, da série intitulada “Bolsonaro? Tô Fora!”, divulgado no Facebook do PSDB, uma atriz diz que não pode “confiar em alguém que é a favor da violência, é machista, racista e homofóbico”. “Cara, você só fala absurdo!”, afirma.

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Os auxiliares de Alckmin acreditam que, hoje, Bolsonaro é o principal rival do tucano na disputa ao Planalto. E Alckmin mira no eleitorado mais refratário ao deputado, o feminino, para tentar ampliar sua pontuação nas pesquisas.

No vídeo produzido pela pré-campanha tucana, a atriz lembra também das mais recentes polêmicas envolvendo Bolsonaro. Com um celular na mão, como se tivesse lendo o noticiário, ela diz: “Esterilizar pobre? Mulher tem que ganhar menos? E ainda gosta de torturadores?”. Como deputado, Bolsonaro apresentou projetos e defendeu em discursos nas últimas décadas a esterilização dos pobres como meio de combater a criminalidade e a miséria.

Propaganda de Meirelles também parte para o ataque

Já a peça publicitária de Henrique Meirelles, elaborada pelo marqueteiro Chico Mendez e que será postada nas redes sociais de Meirelles, Bolsonaro aparece em uma cena de 2013 em que xinga a deputada Maria do Rosário (PT-RS) de “vagabunda”. Em seguida, outra cena vem à tona, em que ele chama uma jornalista de “analfabeta” e “idiota”.

Bolsonaro é réu sob acusação de apologia ao estupro. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal por incitar publicamente a prática do crime ao dizer que Maria do Rosário não merecia ser estuprada porque a petista é “muito feia”. O vídeo é o primeiro da nova estratégia, mais agressiva, de Meirelles. O ex-ministro da Fazenda foi orientado a duelar com os líderes das pesquisas na ausência do ex-presidente Lula para crescer nas pesquisas.

Na sequência do vídeo, Ciro Gomes é também alvo dos ataques do presidenciável do MDB. A personalidade explosiva do pré-candidato do PDT é mostrada em uma cena em que ele grita que “Lula é um merda”. O narrador então pergunta “em qual tempo está o candidato em que você está pensando em votar? No tempo em que a mulher abaixava a cabeça para o homem?”.

Meirelles, por sua vez, é apresentado como o homem do diálogo, da calma e da experiência.

Bolsonaro reage antecipadamente em vídeo preventivo

Bolsonaro já reagiu antecipadamente. Colocou nas redes sociais uma edição de entrevista que concedeu ao jornal Folha de S.Paulo há mais de um ano em que rechaça a escolha de ministros de acordo com orientação sexual e afirma que todas as mulheres são inteligentes.

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