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 | Ricardo Stuckert/Fotos Públicas
| Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas

No último ato antes do julgamento de seu habeas corpus pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-presidente Lula afirmou na noite desta segunda-feira (2) que quer sua inocência de volta e que não vai aceitar o que ele classifica como a “ditadura” do juiz Sergio Moro.

“Eu não vim aqui pra defender minha candidatura, vim defender minha inocência. Eles precisam me devolver. Quero que eles parem de mentir a meu respeito. Digam a verdade. Quero ser julgado com base no mérito do meu processo. Se encontrarem uma prova, eu me calo”, disse o petista em um ato suprapartidário no Circo Voador, no Rio de Janeiro.

Condenado por corrupção pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Lula depende de um habeas corpus do STF para não ser preso. Os ministros se reúnem na quarta-feira (4) para decidir sobre o caso.

Lula voltou a criticar as decisões do juiz Sérgio Moro e dos magistrados do TRF-4 e disse que não aceita a “ditadura do Ministério Público”. “Não aceitei a ditadura militar e não vou aceitar a ditadura do MP e do Moro”, disse o petista. “Eu gosto tanto da democracia que gostaria de fazer um debate com o Moro e com os juízes do TRF4 sobre meu processo”, acrescentou.

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“Eles não vão prender meus pensamentos, não vão prender meus sonhos. Se não me deixarem andar, vou andar pelas pernas de vocês. Se não me deixarem falar, falarei pela boca de vocês. Se meu coração deixar de bater, ele baterá no coração de vocês”, disse Lula.

Ele participou do “Ato em defesa da democracia e justiça para Marielle Franco”, organizado por líderes do PT, PSOL, PCdoB, PDT, PSB e PCO. Este evento foi anunciado como o último antes do julgamento do STF na quarta-feira (4), que vai analisar o habeas corpus da defesa do petista contra a ordem de prisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Ato suprapartidário

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, pediu aos partidos de esquerda união em torno da pré-candidatura de Lula. Ela disse que o momento é de lutar contra o avanço do que ela classificou como fascismo.

“A história vai nos cobrar por esse momento, pelo enfrentamento das forças do atraso. Temos que lutar pelo Brasil, pelo povo brasileiro, pela democracia, pela nossa Constituição. É isso que o povo espera de nós. Por isso a tarefa mais importante é que a gente forme uma grande e ampla frente democrática e progressista”, disse a senadora.

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) defendeu a pré-candidatura de Lula e a união dos partidos de esquerda, embora com candidaturas múltiplas. “A gente está aqui para não termos que contar mais corpos para nos juntar”, disse Freixo, em referência à morte de Marielle, sua ex-assessora.

A pré-candidata à presidência Manuela D’Ávila (PC do B) lembrou-se do Dia de Tiradentes, comemorado no mês de abril, e disse que ainda é preciso lutar pela independência. “Aquilo que nos une é a luta pela liberdade. Mas hoje, no dia 2 de abril, somos do partido de Tiradentes. E nós também temos uma missão: de dizer que a luta democrática pela liberdade passa pela liberdade de Lula concorrer.”

O ato estava marcado como lançamento da pré-candidatura de Lula à presidência, Celso Amorim ao governo do Rio e de Lindbergh Farias ao Senado. Mas alterou seu mote para “defesa da democracia”.

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