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| Foto: Evaristo Sa/AFP

Sem extremismos e já conhecido. Essas são as características do presidenciável do PSDB Geraldo Alckmin na visão dos líderes do PRB, um dos partidos do bloco de partidos apelidado de Centrão, que apoia a candidatura do tucano. Em convenção realizada em Brasília, nesta quarta-feira (1), o PRB reforçou o apoio a Alckmin, mas também deixou recados de que vai cobrar uma fatia no governo caso o paulista seja eleito.

Ainda não foi decidido quem será o candidato a vice-presidente com Alckmin, que deve ser apresentado no sábado, durante a convenção do PSDB na capital federal. O presidenciável disse que foram apresentados a eles sete nomes inicialmente e que ainda está “médio” perto de decidir. Uma coisa é certa: não será um paulista, pois a chapa quer ter capilaridade em todo o país.

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“O Brasil é uma federação. É simbólico você ter toda a federação representada e temos toda a liberdade de escolher o candidato a vice. Será um nome com representatividade e serviço prestado ao país”, disse. “Não tem dificuldade, mas não temos pressa”, disse Alckmin.

No evento do PRB, o deputado Marcos Pereira (PRB-SP) foi o último a falar antes do presidenciável. Ao explicar a escolha pelo tucano, não citou nomes ou partidos, apenas deixando críticas à esquerda. Mas afirmou que Alckmin se apresenta como algo conhecido, o que é positivo.

“Não podemos nos arriscar a navegar nas águas desconhecidas. É hora de seriedade, não é hora de inventar moda. Não tem mágica. Não se governa o Brasil com frases de efeito ou com bordões, presidente Alckmin. Por isso o PRB decidiu apoiar a sua candidatura”, afirmou o deputado, investigado pela Operação Lava Jato.

Em sua fala, Alckmin também reforçou esse discurso. “Extremismo não é caminho. É descaminho. Precisamos agir com absoluta responsabilidade. E não tenho dúvida de que vamos recuperar o emprego e a renda”, afirmou.

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A mesa do evento contou com alguns dos principais nomes do PRB: o deputado federal Celso Russomano (SP), o senador Eduardo Lopes (RJ), e duas mulheres do partido, as deputadas Tia Eron (BA) e Rosângela Gomes (RJ).

Partido quer atenção

Mas Marcos Pereira deixou claro que o partido vai querer ser ouvido nas decisões do futuro presidente, caso Alckmin seja eleito. Citando o apoio que o partido deu à reeleição de Dilma Rousseff em 2014, Pereira afirmou que a ex-presidente não ouvia seus aliados.

“Em 2014, quando por uma sucessão de fatores, decidimos apoiar a reeleição da presidente Dilma, naquele ano. Eu alertei para as condições da manutenção do nosso apoio. Eu cobrava um espaço na mesa como aliado, para decidirmos juntos e isso nunca aconteceu”, afirmou. “Tudo que eu disse há 4 anos vou repetir: o PRB quer e pode contribuir para seu governo”, disse.

Canto de torcida

Antes do início das falas, a mestre de cerimônia, lendo um roteiro, tentou dar um ar mais leve e amigável ao evento. Antes dos discursos, pediu licença para puxar um canto de torcida enaltecendo o partido. “Eu/ sou PRB/ com muito orgulho/ com muito amor”. Foi acompanhada com palmas pelos participantes. Alckmin participou, discretamente, batendo palmas.

Em outro momento, a mestre de cerimônias perguntou quem gostaria de se filiar ao partido. E depois, quem tinha orgulho de ser PRB, sendo respondida com um “Eu” em coro por parte da plateia.

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