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 | Ricardo Stuckert/Instituto Lula
| Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Na primeira propaganda em rádio após a decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir que o Partido dos Trabalhadores (PT) apresente o ex-presidente Lula como candidato, a sigla voltou a desafiar a Justiça Eleitoral. A propaganda eleitoral do PT veiculada na manhã desta terça-feira (4) em rádio, a partir das 7 horas, faz várias menções a Lula, traz um depoimento do ex-presidente e relembra a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU que recomendou que o petista tenha direito a ser candidato.

A propaganda do PT começa com a seguinte frase: “A ONU já decidiu: o Lula pode ser candidato. Mesmo assim, o registro foi negado. A coligação ‘O Povo Feliz de Novo’ vai seguir lutando pelo direito de Lula ser candidato e ser eleito presidente”. 

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Logo depois, há um depoimento de Lula. “O povo sabe o que aconteceu no período que nós governamos este país. Este povo sorria, este povo comia, este povo trabalhava, este povo recebia salário, este povo estudava”, diz o ex-presidente. Ele ainda completa: “Nós fizemos um Brasil melhor durante esses 12 anos. E isso é possível a gente devolver para o povo”.

Só depois começam músicas que, sem citar Lula diretamente, traz frases como “um sonho ninguém pode aprisionar” e “Haddad é Lula lá”. Depois, o atual candidato a vice-presidente da chapa, Fernando Haddad, se apresenta. Ele diz: “Eu sou Fernando Haddad, vice-presidente. Os que perseguem Lula perseguem o povo brasileiro. Ele está preso enquanto o governo Temer bagunça o Brasil. Corta direitos do povo. Entrega nossa riqueza aos estrangeiros”. Ao final de sua fala, Haddad faz um juramento de lealdade a Lula. 

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Na última parte, a propaganda traz mais músicas pedido voto para o PT, como “chama que o povo quer, chama, chama que o 13 dá jeito” e “Lula é Haddad é o povo”, e um depoimento de um eleitor favorável à sigla. 

Entenda o caso

Na segunda-feira (3), o ministro Luís Felipe Salomão, do TSE, proibiu o Partido dos Trabalhadores (PT) de veicular a propaganda eleitoral transmitida em rádio no sábado (1º) em que Lula aparece como candidato. O ministro determinou ainda multa de R$ 500 mil para cada propaganda eleitoral veiculada no rádio em desconformidade com a decisão.

Na propaganda desta terça, não há uma menção explícita a Lula como candidato, nem pedido de voto para o ex-presidente. Mas a coligação diz que vai “seguir lutando pelo direito de Lula ser candidato e ser eleito presidente” e o ex-presidente acaba sendo a figura central do programa, inclusive nas falas de Haddad. 

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