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Um deputado federal de Minas Gerais e candidato ao Senado pelo PT acabou no centro do escândalo envolvendo o caso de suspeita de pagamento para influenciadores digitais elogiarem candidatos petistas.Miguel Corrêa (PT-MG) tem duas empresas no mesmo escritório da agência que lidou com os influenciadores, segundo o jornal Folha de S. Paulo. A empresa de mídia tem como sócio Rodrigo Queles Teixeira Cardoso, assessor parlamentar de Miguel Corrêa (PT-MG) .

O parlamentar é ligado ao grupo político do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e já ocupou cargos no governo, além de participar dos governos Lula e Dilma.

Corrêa está no terceiro mandato na Câmara de Deputados e já foi o relator do Orçamento da União 2013/14, além de sub relator do Orçamento de Infraestrutura. Em 2008 e 2009, o deputado foi o vice-líder do PT na Câmara. Em 2013, assumiu a presidência estadual do partido em Minas Gerais.

Em Minas, o deputado assumiu a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior no governo Pimentel. Foi temporariamente exonerado para voltar à Câmara e votar contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. Depois da votação, voltou ao cargo e se licenciou em abril para concorrer ao Senado.

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Em 2015, Corrêa se casou com a ex-BBB Letícia Santiago. Desde então, segundo reportagem publicada recentemente pelo jornal O Globo, o parlamentar vive uma vida de celebridade, sempre frequentando lugares badalados de Belo Horizonte.

Ao registrar sua candidatura ao Senado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Corrêa declarou R$ 142,6 mil em bens. O valor é mais modesto do que o declarado em 2014, quando concorreu a deputado. Naquele ano, foram R$ 580,6 mil declarados. Entre o patrimônio, Correa declarou ter duas empresas: a Empresa Comércio de Calçados Irmãos Correa Ltda e a Empresa Fórmula Planejamento e Análise de Mercado. Na primeira eleição da qual participou, para vereador de Belo Horizonte, em 2004, Corrêa não declarou nenhum bem em seu nome.

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Corrêa foi eleito pela primeira vez para o cargo de vereador de Belo Horizonte, pelo PPS. Em 2005, filiou-se ao PT e foi eleito deputado federal pela primeira vez. Segundo sua biografia na Câmara dos Deputados, o parlamentar também foi presidente do Diretório Central de Estudantes do Centro Universitário Uni-BH e diretor-fundador da ONG Mudança Já, que tem como objetivo oferecer cursos de capacitação profissional em Belo Horizonte.

Entenda o caso

A jornalista Paula Holanda, militante de esquerda e influenciadora digital com mais de 6,7 mil seguidores no Twitter, revelou no fim de semana que foi convidada, em troca de dinheiro, por uma agência de marketing digital mineira chamada Lajoy a promover conteúdo de esquerda.

Os aplicativos Follow e Brasil Feliz de Novo foram desenvolvidos por uma empresa de Corrêa para disseminar notícias favoráveis à esquerda e ao PT na internet. O caso está na mira do Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais e do Piauí. Corrêa nega irregularidades.

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