Nenhum outro candidato a presidente tem um esquema de segurança tão grande quanto Jair Bolsonaro (PSL). Há alguns meses, vinha utilizando dois militares – um capitão da reserva do Exército e um da Polícia Militar – na sua escolta. Dentro e fora do Congresso Nacional. Desde que registrou oficialmente sua candidatura na Justiça Eleitoral, ele reforçou esse esquema. Passou a andar com agentes da Polícia Federal e em carros blindados e descaracterizados dessa corporação.
O candidato gosta de mobilizações populares ao seu redor, como a que participava em Juiz de Fora, nesta quinta-feira (6), quando foi vítima de um atentado. Bolsonaro considera seus apoiadores sua linha de defesa nas redes sociais, já que tem tempo exíguo de propaganda no rádio e na TV.
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Mas essa exposição preocupava o pessoal que fazia sua segurança. Eles o alertaram para o risco e tentavam convencê-lo a diminuir esses momentos tão próximos de apoiadores. Mas ele resistia. De qualquer maneira, esse contato foi reduzido.
Em Ceilândia e Taguatinga, duas cidades-satélites do Distrito Federal, essa semana, ele promoveu uma carreata de sete quilômetros, mas evitou contato pessoal. Subiu logo num caminhão de som e ali permaneceu em todo o percurso. Logo que terminou, desceu do caminhão e foi feito um cordão de segurança que o levou até seu carro.
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O assédio de simpatizantes a Bolsonaro aumentou de forma considerável nas últimas semanas. A ideia era de trocar o contato pessoal por essas carreatas e discursos feitos do alto.
Entre os próprios seguranças, havia também o entendimento de que seu discurso radical, como o que fez no Acre quando falou em “fuzilar os petralhas”, era uma preocupação. O crescimento do número de jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos em seu entorno também incomodava.
Nesta semana, durante uma consulta no Departamento Médico da Câmara para tratar uma sinusite, o esquema de segurança foi considerável: foi feita uma barreira que impedia a imprensa de chegar próxima do local.
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