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Com a obrigatória renúncia de Bolsonaro, o empresário Zé Augusto Nalin (DEM-RJ) vai substituí-lo. Nesta legislatura, Nalin já assumiu o mandato interinamente sete vezes. | Luis Macedo/Agência Câmara
Com a obrigatória renúncia de Bolsonaro, o empresário Zé Augusto Nalin (DEM-RJ) vai substituí-lo. Nesta legislatura, Nalin já assumiu o mandato interinamente sete vezes.| Foto: Luis Macedo/Agência Câmara

Para assumir a Presidência da República em 1º de janeiro, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) terá antes que renunciar a seu mandato na Câmara. É que essa legislatura do Congresso Nacional se encerra em 1º de fevereiro de 2019. Uma formalidade, já que o acúmulo desses cargos é vedado pela Constituição. 

Com a obrigatória renúncia de Bolsonaro, o empresário Zé Augusto Nalin (DEM-RJ) vai substituí-lo. Nesta legislatura, Nalin já assumiu o mandato interinamente sete vezes. Em algumas vezes foi no lugar do deputado-presidiário Celso Jacob (MDB-RJ), nos momentos em que ele esteve preso no Complexo da Papuda. 

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Agora, Nalin terá o mandato em definitivo. Com a renúncia do titular, o suplente da coligação assume de vez. Mas Nalin terá pouco tempo como parlamentar e não sabe quando Bolsonaro irá renunciar. Ainda assim, ele irá ocupar o gabinete do presidente eleito do país. "Agora vou ficar na história. Assumir o gabinete do presidente da República. O gabinete do capitão. Não é para qualquer um", disse Nalin, eufórico. 

O suplente soube na manhã desta segunda-feira (29) da notícia. Foi avisado por um colega parlamentar. "Nesses anos foi um entra e sai danado na Câmara, assumindo como suplente. Nem esquentei banco", diz Nalin, recorrendo a uma metáfora do futebol. Esquentar banco significa nunca ser chamado para ter alguma participação nas partidas. 

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Nalin contou que conversou poucas vezes com Bolsonaro quando "esteve" deputado. Ele votou no capitão no domingo (28), mas no primeiro turno foi fiel à coligação de seu partido e foi de Geraldo Alckmin (PSDB). Mas Nalin não concorda com todas as ideias de Bolsonaro e discorda de uma de suas bandeiras principais, que é armar a população. Nalin é contra. 

"Sempre o via defendendo essas ideias, causas que ele abraçou. Mas sou contra a radicalização. Sou contra armar a população. Não é com arma que vai se conseguir resolver o problema da criminalidade, da segurança pública". Mas concorda com outras. "Defender a família, que a educação é papel do pai e da mãe, eu concordo". 

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Nalin disse que nem pretende mudar os funcionários do gabinete de Bolsonaro. Seu mandato deve durar tão pouco tempo que acha não valer a pena. No tempo que esteve na Câmara, apresentou apenas um projeto de lei, sobre regulamentação de pedágios. 

O suplente do capitão foi novamente candidato a deputado neste ano. Com pouco mais de 31 mil votos foi apenas o 62º mais votado. Ficou com a sexta suplência da coligação. Na atual, é o quinto suplente. Empresário dono de uma rede de lojas populares, Nalin declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de cerca de R$ 9 milhões.

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