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| Foto: Reprodução/Twitter/The Economist

Com o título “Bolsonaro presidente, a última ameaça da América Latina” , a revista britânica The Economist divulgou nesta quinta-feira (20) um editorial sobre o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). A revista diz que o capitão da reserva seria um “um presidente desastroso” e que sua vitória representaria uma ameaça para o Brasil e para a América Latina.

A publicação classifica Bolsonaro como um populista de direita e diz que se ele vier a vencer a eleição pode colocar em risco a “própria sobrevivência da democracia no maior país da América Latina”. “Sr. Bolsonaro, cujo nome do meio é Messias, promete a salvação; na verdade, ele é uma ameaça para o Brasil e para a América Latina”, diz o editorial. 

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A revista diz que Bolsonaro tem uma “admiração preocupante pela ditadura” e comparou a sua possível eleição com a de Pinochet. O editorial afirma que a América Latina já experimentou antes uma mistura perigosa de políticas autoritárias e economia liberal com Augusto Pinochet, que governou o Chile de 1973 e 1990.

O texto faz, porém, uma ressalva e diz que Bolsonaro “pode não ser capaz de converter seu populismo em ditadura ao estilo de Pinochet, mesmo que quisesse”. Mas completou dizendo que a “a democracia do Brasil ainda é jovem. Até mesmo um flerte com autoritarismo é preocupante”.

O editorial ainda compara o avanço de Bolsonaro e de suas propostas ao avanço do populismo nos Estados Unidos, com Donald Trump; na Itália, com Matteo Salvini; e nas Filipinas de Rodrigo Duterte. Para a Economist, Bolsonaro soube explorar a combinação de recessão econômica, descrédito com a classe política e aumento da violência urbana com a apresentação de visões conservadoras e uma proposta de economia pró-mercado.

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A revista lembra ainda que o próximo governo precisará do apoio do Congresso e dificilmente Bolsonaro terá maioria parlamentar. “Para governar, Bolsonaro poderia degradar o processo político ainda mais, potencialmente abrindo caminho para algo ainda pior”, diz o texto.

Não é a primeira vez

Em agosto, a The Economist já havia divulgado um editorial criticando Bolsonaro. Com o título “Brasília, temos um problema”, a publicação falava que o candidato representava um risco à democracia, demonstrava ter pouco respeito a negros e gays e que havia pouca evidência que ele conhecia os problemas do país de forma suficiente para resolvê-los.

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