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Jair Bolsonaro (PSL) em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília: ele é o líder das pesquisa de intenção de voto para vencer a eleição presidencial. | Igo Estrela/Estadão Conteúdo
Jair Bolsonaro (PSL) em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília: ele é o líder das pesquisa de intenção de voto para vencer a eleição presidencial.| Foto: Igo Estrela/Estadão Conteúdo

A sucessão presidencial entra em uma terceira e decisiva fase. É agora – a 17 dias do primeiro turno – que as últimas apostas dos candidatos são feitas para se tentar ampliar, manter ou reverter cenários. Momentos de calmaria e desespero. As últimas pesquisas de intenção de voto do Datafolha e do Ibope trouxeram como destaque o crescimento do petista Fernando Haddad. E a consolidação de Jair Bolsonaro (PSL) no topo.

Mas nem tudo está selado. Se nesses 20 dias de setembro se viu tanta mudança no cenário, que razão não há para acreditar que outros fatos novos possam alterar o cenário, com reviravoltas de última hora.

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A primeira fase da eleição foi marcada pelo registro das candidaturas e o início das campanhas, ainda sem rádio e TV, e de entrevistas e debates dos postulantes ao Planalto. Foi o pontapé. A pendência ainda se Lula seria candidato ou não e a estratégia do PT de levar a candidatura dele a cabo mesmo sabendo que seria barrada pela Justiça Eleitoral tomou boa parte desse tempo.

As entrevistas nas grandes emissoras e os debates apresentavam os candidatos à população, que conheceu ali, por exemplo, a candidatura do Cabo Daciolo (Patriota), um controverso presidenciável. 

A segunda fase, com bem mais emoção, tem início pouco antes da chamada Semana da Pátria – no atentado de 6 de setembro contra Bolsonaro – e passa pelo 11 de setembro – quando o PT finalmente anunciou Haddad candidato em substituição a Lula. Esses dois fatores mexeram – e com alguma intensidade – no cotidiano da campanha. 

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A terceira fase, agora, a das definições, chega com perguntas no ar: Bolsonaro pode ganhar no primeiro turno? Haverá voto útil? Haddad está mesmo consolidado no segundo lugar e será o adversário de Bolsonaro na final? Ciro Gomes, o que vence todo mundo no segundo turno, tem alguma chance de embolar essa disputa novamente? Alckmin nessa nova pegada, mais agressiva e já sendo abandonado por aliados, pode virar as tendências das pesquisas? 

Ibope e Datafolha exibem cenários iguais – crescimento de Haddad, consolidação de Bolsonaro, mas também alta rejeição – e diferentes – Ciro vai mal no Ibope, mas se mantém vivo no Datafolha e Alckmin, de alguma forma, também. Os 17 dias podem sim mudar números nessa disputa. Se nesses 21 dias mudanças bruscas ocorreram, por que não acreditar que sim.

Metodologia das pesquisas citadas

Pesquisa realizada pelo Datafolha de 18/set a 19/set/2018 com 8.596 entrevistados (Brasil). Contratada por: Rede Globo e Folha de S. Paulo. Registro no TSE: BR-06919/2018. Margem de erro: 2 pontos percentuais. Confiança: 95%.

Pesquisa realizada pelo Ibope de 16 a 18 de setembro de 2018 com 2.506 entrevistados em todo o Brasil. Contratada por: Rede Globo e jornal O Estado de S. Paulo. Registro no TSE: BR-09678/2018. Margem de erro: 2 pontos percentuais. Confiança: 95%.

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