• Carregando...
 | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Grupos de apoio à Lava Jato, como o “Acampamento Lava Jato”, o “Patriotas Paraná” e o “Curitiba contra a corrupção”, devem realizar um ato em repúdio ao fim da força-tarefa da operação na Polícia Federal do Paraná, medida anunciada nesta quinta-feira (6) pela corporação. A partir de agora, agentes e delegados deixam de atuar exclusivamente na Lava Jato e passam a integrar a Delecor, Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas. Com isso, podem acumular outras investigações.

A medida foi bastante criticada pelos grupos que apoiam a Lava Jato. Eles atribuem o fim da força-tarefa a supostas pressões do ministro da Justiça, Torquato Jardim. “É um atentado contra o combate à corrupção e todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas equipes da Lava Jato. Eram onze delegados e agora só são seis. É um claro desmanche da operação que está limpando o Brasil de um quadro de corrupção sistêmica”, disse a coordenadora do Acampamento Lava Jato, Paula Milani.

O ato de repúdio está sendo organizado para segunda-feira (10), às 15h, em frente à Superintendência da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida. O objetivo, segundo os organizadores, é protestar contra eventuais interferências do governo federal nos trabalhos da Lava Jato. Os movimentos também estão divulgando e-mails e telefones dos gabinetes de Torquato Jardim e do diretor-geral da PF, Leandro Daiello, para manifestações contrárias ao fim do grupo de trabalho de Curitiba.

Apesar das críticas dos movimentos sociais ao trabalho do ministro da Justiça, a Polícia Federal garantiu que a decisão de acabar com a força-tarefa partiu do delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Lava Jato no estado, e foi corroborada pelo superintendente regional da PF, delegado Rosalvo Franco. “Foi uma decisão operacional, sem motivação política ou orçamentária. A ideia de integrar o grupo de trabalho [do Petrolão] à Delecor é tornar a Lava Jato uma operação permanente”, explicou Igor.

Segundo o delgado, a prioridade sempre será das investigações que causam maior dano ao erário, ou seja, a Lava Jato continuará tendo grande relevância na corporação. “O fim do grupo de trabalho é apenas uma formalidade desfeita, a operação ainda é importante e é uma prioridade dentro da Polícia Federal”, completou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]