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| Foto: Evaristo Sa/AFP

Recém-chegado ao presídio da Papuda, o ex-ministro e ex-deputado Geddel Vieira Lima divide cela com nove detentos. O peemedebista baiano chegou à penitenciária nesta terça (4), após ser preso no dia anterior pela Polícia Federal na Bahia e transferido durante a madrugada.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal, a capacidade da cela é para 12 pessoas, com quatro treliches. Todos os detentos da cela de Geddel têm ensino superior. Segundo a SSP, há apenas chuveiro frio no local e um espaço para necessidades fisiológicas. O ex-ministro teve o cabelo cortado assim que chegou à Papuda, mas não ficou careca.

Geddel está no mesmo presídio de Lúcio Bolonha Funaro, pivô da decisão da Justiça de pedir a prisão do peemedebista. Preso desde julho do ano passado, Funaro é apontado pelas investigações como operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Funaro disse à PF que Geddel fez diversas ligações para sua mulher, Raquel, sondando seu ânimo em delatar. No entendimento de investigadores, o ex-ministro agiu para atrapalhar a apuração, elemento decisivo para o pedido de prisão.

De acordo com a SSP, eles estão em alas separadas na Papuda. Geddel está na ala A e Funaro na ala B, no bloco 5. Segundo a assessoria de imprensa da SSP, eles não têm permissão de se encontrar. Os dois têm direito a duas horas por dia de banho de sol, mas em momentos diferentes. A SSP não soube informar quantas pessoas dividem a cela com Funaro.

Encontro no Planalto

O presidente Michel Temer recebeu nesta terça o irmão de Geddel, o deputado Lúcio Vieira Lima, em uma reunião no Palácio do Planalto. O motivo do encontro não foi divulgado, mas certamente girou entorno da detenção de Geddel, que é amigo pessoal de Temer há mais de 30 anos.

A defesa de Geddel chamou a prisão do ex-ministro de “absolutamente desnecessária” e disse que o político “deposita sua integridade física nas mãos da autoridade policial”.

Com a prisão do ex-ministro da Secretaria de Governo, chamado de “mensageiro” pelo empresário Joesley Batista, da JBS, o Palácio do Planalto está preocupado com possíveis investidas do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). Investigados na Operação Lava Jato, eles são os auxiliares mais próximos de Temer.

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