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| Foto: Sergio Lima/AFP

Com a previsão de que não haja quorum para votar a denúncia por corrupção contra ele na quarta-feira (2), o presidente Michel Temer (PMDB) tem defendido que seja convocada nova sessão parlamentar na segunda semana de agosto. Pela sondagem feita pela base aliada, a tendência mais forte é de que os partidos de oposição façam obstrução, o que inviabilizaria uma votação, já que o Palácio do Planalto reconhece que não conta com 342 parlamentares governistas.

INFOGRÁFICO: Saiba como será o dia da votação na Câmara

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), responsável por comandar o processo, se opõe a postergar a votação e que quer finalizar o assunto o mais rápido possível. Os dois participaram na noite de quinta-feira (27) de jantar no Palácio do Jaburu, onde foi discutida a estratégia para a sessão do dia 2.

O peemedebista também tem pressa em encerrar esse assunto. Isso porque a avaliação é de que, enquanto a denúncia ficar em banho-maria, não será possível votar nenhuma reforma governista, que são consideradas essenciais pelo presidente para recuperar apoio junto ao mercado financeiro.

Além disso, o Planalto teme que a divulgação do conteúdo das delações premiadas do doleiro Lúcio Funaro e do ex-deputado Eduardo Cunha desgaste ainda mais a imagem do presidente, dificultando a conquista do apoio de indecisos na base aliada.

Pelas contas do Planalto, o presidente conta hoje com apoio para barrar a denúncia por corrupção passiva em plenário. Pelo último cálculo, o governo teria o apoio de 257 deputados. Com a perspectiva de falta de quorum, a estratégia definida pela base governista é utilizar a sessão parlamentar para atacar a oposição, já que ela será transmitida pelas emissoras de televisão.

“Haverá quorum sim”

“Na minha opinião, haverá quorum”, disse Rodrigo Maia nesta sexta-feira (28). “O Brasil precisa de uma definição sobre esse assunto e não se pode, do meu ponto de vista, respeitando a opinião de cada um, se jogar com um assunto tão grave como uma denúncia oferecida pela PGR contra o presidente da República”, afirmou o presidente da Câmara, após almoçar com o prefeito de São Paulo em exercício, Milton Leite (DEM).

“Nosso papel é votar. Quem quiser vota sim, quem quiser vota não. Mas não votar é manter o país parado.” Maia negou que tenha traçado estratégias no jantar na véspera com Temer no Palácio do Jaburu.

O presidente convocou um novo encontro no domingo (30) com a base aliada para discutir estratégia para a sessão parlamentar de quarta-feira .

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