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| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que deixou o cargo em setembro do ano passado após quatro anos de mandato e duas denúncias apresentadas contra o presidente Michel Temer, usou o Twitter na manhã desta quinta-feira (29) para comentar a operação que prendeu, entre outros investigados, o advogado, amigo pessoal e ex-assessor do presidente, José Yunes. Ao citar uma notícia relatando a operação, Janot escreveu: “Começou? Acho que sim”.

Ao longo do ano passado, Janot denunciou Temer em duas oportunidades com base na delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista e demais executivos da J&F. Ambas foram barradas pelos parlamentares que dão sustentação ao governo de Temer na Câmara dos Deputados, que impediram a continuidade das investigações até que Temer deixe o cargo, em janeiro de 2019.

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A prisão de José Yunes é temporária (cinco dias) e foi autorizada pelo ministro do Supremo Luís Roberto Barroso, relator do inquérito que apura se Michel Temer beneficiou a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos, na edição do decreto dos Portos, assinado em maio de 2017.

Além de Yunes, foram presos o empresário Antonio Celso Grecco, dono da Rodrimar; o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi e o coronel da reserva da PM João Batista de Lima Filho, o coronel Lima, também apontado como amigo pessoal de Temer.

Na manhã desta quinta, Janot ainda declarou na rede social que para combater a corrupção é preciso “coragem, inflexibilidade e muita resiliência”.

Ao longo da manhã, o ex-procurador-geral também retuitou notícias e comentários a respeito da operação. Entre eles o do procurador Alan Mansur, chefe do Ministério Público Federal (MPF) no Pará, que atua no Núcleo de Combate à Corrupção e é diretor da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Mansur fez referência ao inquérito contra Temer, que, nas palavras do ex-diretor geral da Polícia Federal Fernando Segovia, tendia a ser arquivado.

Além do inquérito relacionado ao decreto dos portos, a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) neste ano que o presidente fosse incluído em outro inquérito – o que investiga pagamento de propina por parte da Odebrecht acertado dentro do Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer, em maio de 2014.

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