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Ao lado do então presidente Lula e de Pelé, o presidente co COB, Carlos Arthur Nuzman, celebra a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016. Eleição ocorreu em Copenhague, em 2009. | Charles Dharapak/AFP
Ao lado do então presidente Lula e de Pelé, o presidente co COB, Carlos Arthur Nuzman, celebra a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016. Eleição ocorreu em Copenhague, em 2009.| Foto: Charles Dharapak/AFP

Setenta agentes da Polícia Federal cumprem na manhã desta dois mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão como parte da Operação Unfair Play (“jogo injusto” ou “jogo sujo”) que investiga a compra de jurados para a escolha do Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016.

Outro objetivo da operação, realizada em conjunto com o Ministério Público Federal, é desmantelar um esquema criminoso de pagamento de propina em troca da contratação de empresas terceirizadas pelo governo do estado do Rio de Janeiro. Os trabalhos da Unfair Play são uma nova fase da Operação Lava Jato.

Policiais fazem buscas na casa do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, que foi intimado a depor. Ele teria sido apontado como intermediador da compra de votos de membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Há mandado de prisão contra o empresário Arthur Cézar de Menezes Soares Filho, conhecido como “Rei Arthur”, poderoso prestador de serviço do governo fluminense durante a gestão de Sérgio Cabral. O ex-governador está preso desde novembro de 2016 e foi condenado a 14 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro.

Como há suspeita de que o empresário esteja fora do país, nos Estados Unidos – ele tem casa em Miami –, seu nome será incluído na lista de foragidos da Interpol.

Os mandados da Operação Unfair Play foram expedidos pelo juiz da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas.

Segundo comunicado da Polícia Federal, as investigações começaram há nove meses e apontam “que os pagamentos teriam sido efetuados tanto diretamente com a entrega de dinheiro em espécie, como por meio da celebração de contratos de prestação de serviços fictícios e também por meio do pagamento de despesas pessoais”. Além disso, de acordo com a PF, teriam sido realizadas transferências bancárias no exterior para contas de doleiros.

A Polícia Federal informa ainda que “os fatos apurados indicam a possibilidade de participação do dono das empresas terceirizadas em suposto esquema de corrupção internacional para a compra de votos para a escolha da capital fluminense pelo Comitê Olímpico Internacional”.

A operação ocorre em cooperação internacional com a França e os Estados Unidos. Um procurador francês acompanha os trabalhos da Unfair Play no Brasil.

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